Focada em proteção de aplicações e de dados críticos, a Imperva, presente no País há cerca de seis anos, busca uma nova reestruturação para ampliar seus negócios no Brasil. O primeiro passo foi a contratação de Abilio Branco como country manager, que terá a missão de consolidar e expandir localmente a presença da marca em território nacional.
Crescendo em torno de 40% anualmente desde 2007, a Imperva visa atingir esse objetivo através do relacionamento com o cliente e por meio de seus parceiros. Enquanto a grande maioria dos fornecedores deseja expandir o número de distribuidores, a marca reduziu drasticamente (de 50 para 10), apostando em capacitação e treinamento dos mesmos.
Em parceria com a ApliDigital, a empresa aplica o chamado “Health Check” na carteira de clientes, um processo de verificação sobre o uso das soluções pelo usuário final. A partir deste diagnóstico são gerados relatórios com informações dos possíveis riscos que os clientes estão correndo e o que pode ser feito para melhorar a segurança do ambiente de TI.
“É uma forma de nos certificarmos que eles estão utilizando as tecnologias da melhor maneira possível e extraindo o melhor delas”, aponta Branco. Na opinião dele, a falsa sensação de segurança é um dos maiores desafios hoje nas empresas. “Não basta ter uma solução, é preciso conhecimento, saber como operar, fazer a manutenção e as atualizações constantemente”, complementa.
Segundo Francisco Gandin, diretor presidente da ApliDigital, o feedback dos clientes em relação à essa iniciativa tem sido bastante positivo. “Os clientes passaram a ficar entusiasmados com as funcionalidades que não conheciam, utilizando as soluções de maneira mais produtiva. Muitos deles também expandiram seus projetos, pois identificaram como esses recursos poderiam ajudar em outras áreas”, afirma.
Sem citar nomes, Branco disse que a empresa também está em vias de fechar parceria com outra fornecedora de soluções de segurança a fim de oferecer um pacote único. “A proposta é unir o que as duas têm de mais forte para elaborar uma tecnologia ainda mais completa”, explica.
O country manager vê com naturalidade a proximidade entre competidores e também o processo de aquisições ocorridas nos últimos meses. “É algo natural do mercado. As empresas compram umas às outras para complementar o portfólio ou vendem uma parte quando necessitam injetar mais recursos financeiros”, opina.
Branco elogia a maturidade da Segurança hoje no País, mas sente falta de profissionais mais focados em inteligência, que analise e qualifique os dados a serem protegidos. Nesse contexto, o executivo percebe mais investimentos voltados para resposta a incidentes e acredita que o departamento de SI deve ser mais independente. “Segurança não pode ser puxadinho de infraestrutura”, finaliza.