O ChatGPT é uma plataforma que ganhou popularidade nos últimos meses, na qual ferramentas de inteligência artificial “dialogam” com o usuário, interpretando textos e elaborando respostas para as mais variadas questões explorando o universo do Big Data. Segundo a diretora Global de Marketing da Cipher, Thays Diniz, como acontece com qualquer nova tecnologia, os riscos cibernéticos existem no uso do ChatGPT, especialmente na ponta, o usuário.
“Sabemos que o usuário é o elo mais vulnerável na maioria dos ataques, por esta razão, treinamentos de conscientização a respeito de comportamento digital são prioridade na lista das medidas preventivas quando se utiliza este tipo de aplicação, somadas às políticas de acesso e controle mais rigorosos, estratégia de multifator de autenticação e monitoramento de ameaças”, orienta a executiva.
A OpenAI, desenvolvedora do aplicativo, revela que usa medidas de segurança como criptografia forte, além de implementar protocolos de autenticação e autorização para controlar o acesso aos dados e recursos do sistema e seguir as melhores práticas de segurança da indústria para garantir que o ChatGPT seja protegido contra possíveis ameaças. Mas, segundo Thays, outras vulnerabilidades merecem atenção.
A diretora da Cipher relata que a engenharia social ainda é uma ferramenta poderosa do cibercrime, que tem como foco enganar o usuário e pode ser usada para conduzir, por exemplo, ataques de phishing, onde os usuários são levados a compartilhar informações e dados confidenciais por meio de chats, redes sociais e outros canais. “Estes golpes são conhecidos como ‘conversational phishing’, revela Thays, que oferece as seguintes recomendações para usar o ChatGPT com segurança e tirar o melhor proveito das funcionalidades:
• Nunca responder a um email e fornecer dados confidenciais sem confirmar a fonte, verifique se ela é legítima e confiável. Fornecedores de serviços usualmente enviam mensagens a seus clientes informando seu padrão de comunicação, a fim de ajudar a evitar que eles caiam em fraudes.
• Utilizar autenticação forte, o multifator ajuda na proteção das contas pessoais, esta medida dificulta táticas de engenharia social por parte dos atacantes.
• Manter seus softwares e equipamentos atualizados evita que vulnerabilidades conhecidas cheguem ao usuário.
• Por fim, redobre atenção ao recebimento de links. Links suspeitos que buscam recolher dados ou informações pessoais e sensíveis normalmente possuem algum detalhe indevido ou estranho a ser observado, por exemplo, links encurtados, mensagens com quebras de fonte, remetentes com domínio distintos ao oficial da empresa, e outros.
Já para proteção das redes corporativas, Thays aconselha desenhar uma estratégia de segurança robusta e ágil, monitorar vulnerabilidades, testar o ambiente e ter um serviço de resposta e recuperação automatizado e inteligente, que permita que o negócio se proteja de atacantes e seja escalável à sua necessidade de crescimento.
AI a serviço da proteção de dados
Sob a ótica da segurança da informação, a executiva comenta que o uso de algoritmos de aprendizado de máquina pode ajudar a identificar padrões de uso suspeitos e anomalias em tempo real, apoiando a prevenção de ataques de hackers e otimizando a segurança de dados. Outro ponto positivo é melhoria na autenticação dos usuários, uma vez que tecnologias de inteligência artificial podem ser usadas para autenticar usuários de forma mais assertiva, por exemplo, o reconhecimento facial, que pode ser utilizado para autenticar usuários em vez de senhas.