Dentre as inovações que exercem influência nos setores de tecnologia das empresas atualmente, a Inteligência Artificial é a grande protagonista. Desde a sua implementação nas estruturas de negócio até o uso dela pelo cibercrime, a IA oferece um novo passo diante da relação das pessoas com o ciberespaço. Dado o tamanho desse desafio, os times de Cibersegurança exercerão um papel crucial nessa desmistificação do processo inovador.
A demonstração desse cenário foi colhido logo no começo do ano, pelo World Economic Forum: em seus estudos sobre risco e Cibersegurança em 2025, o órgão constatou que 66% dos tomadores de decisão das empresas veem a IA como a inovação de maior impacto interno, porém, apenas 37% delas estabeleceram processos efetivos de Segurança Cibernética, expondo a ferramenta e a organização a riscos consideráveis.
Ao mesmo tempo, o mercado assiste uma queda de braço entre o uso da tecnologia pelo Cibercrime e pela SI. Dados demonstram que o custo médio de uma violação de dados no Brasil alcançou R$ 7,2 milhões em 2025, em um aumento de 6,5% em comparação com o ano anterior, especialmente devido à baixa maturidade cibernética no uso da IA e o amplo uso da tecnologia pelos agentes hostis.
Ao mesmo tempo, discussões nos meios de Cibersegurança reforçam que o uso da IA pelo cibercrime, como se vê hoje, tornou o modelo atual de proteção cibernética insuficiente, e por isso, a aplicação efetiva da IA agêntica será um movimento natural do mercado, com vistas a reequilibrar o jogo em favor da Cyber e combater o mal uso da IA com a própria IA.
“A Inteligência Artificial tornou-se uma tecnologia democrática, acessível, barata e disponível a qualquer usuário. Isso ampliou o poder dos cibercriminosos, que agora podem gerar códigos maliciosos, deepfakes e fraudes sem conhecimento técnico. Nesse sentido, expandir a conscientização entre os colaboradores, clientes e parceiros tende a ser a melhor resposta a esses riscos”, afirma o Diretor de Cyber Security da TIM Brasil, Fábio Soares.
O executivo reforça que, em um cenário aonde a IA exerce um papel fundamental na vida de companhias e pessoas, é necessário que a sociedade se engaje em um trabalho conjunto de conscientização sobre os usos éticos e seguros da tecnologia. “A conscientização precisa ir além do simples ‘não clique no link suspeito’ — trata-se de promover educação digital, estimulando o pensamento crítico nas interações online”, reforça ele.
Soares também será o Curador do Painel de Debates “O lado obscuro da IA: o que é hype e realidade?”, que acontecerá às 9h20 do dia 22 de outubro, no Security Leaders Nacional. Para tratar desse mesmo tema, o executivo estará acompanhado de Marcelo Luz, Senior Manager Systems Engineering da Fortinet; Camilo Mussi, Subsecretário de TI do Ministério da Agricultura; e Allan Buscarino, Diretor de SI do Grupo Boticário.
O Security Leaders Nacional é a última parada do roadmap de eventos do Security Leaders, que cruzou nove capitais do Brasil, levando discussões de alto nível e ampliando os espaços de networking entre os líderes e profissionais de Cibersegurança de norte a sul do país. O maior e mais qualificado evento de Segurança da Informação do Brasil ocorrerá nos próximos dias 22 e 23 de outubro, no Piso C do WTC. As inscrições estão abertas por este link e são gratuitos para empresas usuárias de tecnologia.