*Por Patricia Cavalcanti
Atualmente, não é mais opcional que as empresas invistam em cibersegurança. A proteção dos servidores, sistemas, redes e dados contra ataques maliciosos é fundamental para proteger as informações das empresas e de seus clientes. Em um mundo com cada vez mais conexão, os riscos cibernéticos também aumentaram significativamente, tornando a segurança digital uma prioridade inegociável para qualquer organização.
Ao examinar mais de perto o setor de healthcare em relação à cibersegurança, percebe-se que as preocupações nessa área não são distintas das demais. Esse interesse tornou-se ainda mais evidente a partir de 2018, quando a Lei nº 13.787 foi promulgada, impondo a digitalização dos prontuários de todos os pacientes. Esta lei estabelece diretrizes para a digitalização e utilização de sistemas informatizados no armazenamento e manuseio dos registros médicos dos pacientes.
Segundo o Estudo Global de Cibersegurança em Saúde de 2023 da Claroty, feito com 1.100 profissionais de cibersegurança, engenharia, TI e redes de organizações de saúde, surpreendentes 78% dos participantes relataram ter experimentado pelo menos um incidente de segurança digital no decorrer do último ano. Esses dados alarmantes revelam que há uma preocupante lacuna. O fato de que o setor de saúde está sujeito a ameaças contínuas assume proporções ainda mais perigosas, considerando a vasta quantidade de informações confidenciais dos pacientes.
Uma situação emblemática que ilustra essa lacuna na segurança cibernética no setor da saúde foi o ataque de ransomware ocorrido em 2021. Esse tipo de ataque, que literalmente significa “sequestro”, teve como alvo tanto o site do Ministério da Saúde quanto o aplicativo do Sistema Único de Saúde (SUS), conhecido como “ConectSUS”. Esse incidente expôs aos hackers uma série de dados e informações. Esse evento serve como lembrete das consequências que a negligência em segurança cibernética no setor de healthcare trazem, elas são prejudiciais tanto para as instituições quanto para os pacientes.
Desta maneira,o direcionamento de investimentos para melhoria da cibersegurança no setor de saúde, se faz necessário. Essa medida é importante para que as instituições possam passar confiança aos pacientes, garantindo que seus dados e informações sejam rigorosamente protegidos. A redução desses ataques cibernéticos e a minimização das estatísticas alarmantes só podem ser alcançadas ao considerar as instituições de saúde como organizações que priorizam a segurança da informação. Isso não é mais uma opção, mas sim uma necessidade para a preservação da confidencialidade e integridade dos dados das instituições e dos pacientes.
Patricia Cavalcanti Building é Segment Leader South America da Schneider Electric