Uma nova pesquisa de segurança traz um panorama dos hábitos de compartilhamento de informações online e revela como os usuários de todo o mundo, incluindo Brasil, Colômbia e México, colocam seus dados confidenciais em perigo, principalmente pela maneira como eles compartilham em seus dispositivos. De acordo com o estudo, as pessoas que compartilham seus dados com outros são mais propensas a correrem riscos em sua vida digital – por exemplo, quase metade dos usuários que dividem seus dados on-line experimentaram a perda de dados em seus smartphones (47%).
Na América Latina, 92% dos usuários compartilham fotos e vídeos de suas viagens, 73% compartilham fotos e vídeos de seus filhos e 30% compartilham senhas, e isso inclui o “Lembrar Senha” – quando o usuário acessa sua conta em determinados sites e aplicativos.
Os riscos são ainda maiores para aqueles que compartilham informações com estranhos, sendo que 59% dos usuários de smartphone admitem que perderam suas informações ao compartilhá-las com estranhos. Na América Latina, 21% dos usuários estão propensos a compartilharem seus dados com desconhecidos.
Entretanto, as chances de perda de dados são comparativamente pequenas entre aqueles que não compartilham suas informações com outras pessoas. O relatório indica que daqueles que não compartilham dados, apenas uma pequena parcela perdeu seus dados – 13% no smartphone, 23% em seu computador e 4% em seu tablet.
“Nossa pesquisa mostra que, quando as pessoas compartilham dados digitalmente, elas são mais propensas a enfrentar problemas nos dispositivos e perder dados, colocando suas vidas digitais em risco”, comentou Andrei Mochola, chefe de negócios de consumo da Kaspersky Lab.
As pessoas que compartilham seus dados mais preciosos digitalmente também relataram uma ampla gama de problemas com seus dispositivos. Nos smartphones, as questões mais comuns incluem anúncios intrusivos (51%, em comparação com 25% dos usuários que não compartilham), problemas de duração da bateria (41%, em comparação com 17% das pessoas que não compartilham), aplicativos que operam em seu dispositivo sem o seu consentimento (19%, em comparação com 6% dos usuários que não compartilham) e infecções de malware (14%, em comparação com 4% das pessoas que não compartilham).
Além disso, a pesquisa mostra a mesma correlação para as pessoas que colocam seus dispositivos físicos no cuidado de outros – como dar seus smartphones a outros por um período de tempo, deixando seus dispositivos desbloqueados em um lugar público, dando seus PINs e assim por diante. Esses usuários também são mais propensos a sofrer perda de dados. Por exemplo, mais de metade dos usuários (65%) que compartilharam seu smartphone com outros também sofreram perda de informações em seus smartphones, em comparação com 34% dos que não o fizeram.
“Quando os usuários compartilham seus dispositivos digitais com outros, ou com estranhos totais, o problema piora. Sabemos que é improvável que os usuários parem de compartilhar seus dados mais preciosos com pessoas on-line – esse é um dos privilégios do mundo digital. Mas é por isso que é tão importante que todos estejam conscientes dos potenciais perigos que estão colocando seus dados e dispositivos. Insistimos para que as pessoas escolham uma proteção que se adapte às suas necessidades, seja qual for o ambiente em que se encontram. Esta abordagem identifica ameaças complexas e direcionadas, além de oferecer aos usuários dicas que ajudam a reduzir o potencial dano aos seus dados e dispositivos – deixando as pessoas desfrutarem de tudo o que o mundo on-line tem para oferecer “, acrescentou Mochola.