GSI dá primeiros passos em direção à Política Nacional de Ciberdefesa

Divulgada nesta semana, iniciativa tem como objetivo dar destaque às ações de defesa cibernética, além de formação de uma estratégia nacional de Cibersegurança, estabelecendo assim uma Agência Nacional de Segurança Cibernética aos moldes da CISA norte-americana. Projeto será submetido a outras instâncias do governo antes de ser proposto como lei

Compartilhar:

A Presidência da República, por meio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), deu início aos trabalhos para criação de uma política Nacional de Defesa Cibernética no Brasil. A ideia desse plano piloto é estabelecer os princípios básicos da Cibersegurança brasileira e, com isso, devem-se iniciar as tratativas uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética e uma Agência Nacional de Segurança da Informação, similar à CISA, nos Estados Unidos.

 

Segundo informou a revista Carta Capital, a proposta já foi aprovada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e passará por análises de outros setores do executivo. Depois disso, a ideia é que a nova estratégia seja levada ao Congresso Nacional como Projeto de Lei.

 

A primeira proposta de uma Organização Nacional para Defesa Cibernética partiu do Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro em 2013, à época comandada pelo General José Carlos dos Santos. Desde então, poucos avanços ocorreram nesse assunto.

 

O Chefe do GSI, General Gonçalves Dias, afirmou que uma eventual agência de Cibersegurança não ficaria necessariamente à cargo das Forças Armadas, sendo mais preferível ao projeto criar um modelo híbrido de civis e militares, sob comando de outra instituição do governo, assim como a agência norte-americana.

 

“Imagine se desligar uma turbina de Itaipu? Ou se frear o linhão norte-sul? Ou se o sistema bancário for atacado? Qual não seria o prejuízo econômico? Ou se o sistema do Bolsa Família fosse atacado e se inserisse ou excluísse 10 milhões de pessoas, qual não seria o prejuízo para o governo? Hoje existem países com capacidade de fazer esse tipo de ataque”, alertou à revista General Dias.

 

O Chefe do GSI ainda apontou um GAP nacional de mão-de-obra de cerca de 500 mil pessoas, sendo uma das causas dos níveis de vulnerabilidade dos ambientes Cyber no Brasil. Com isso, os organizadores do projeto estão mantendo diálogo constante com as verticais de negócio mais envolvidas na questão, que apoiam a proposta de um Estratégia Nacional nesses moldes. Uma delas, apontou o ministro, é o setor financeiro, por meio da Febraban.

 

*Com informações da Carta Capital

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Destaques

Perdas com ciberataque à C&M podem ultrapassar R$ 1 bilhão, alerta Polícia Civil

O Delegado do DCCiber de São Paulo, Paulo Eduardo Barbosa, disse, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que novas instituições...
Security Report | Destaques

Sistemas da Universidade Federal do Piauí ficam instáveis após ciberataque

A Instituição de ensino superior registrou, durante o final de semana, fortes instabilidades em plataformas internas, como o Sistema de...
Security Report | Destaques

Polícia de Goiás prende suspeitos de movimentar R$ 164 milhões em fraudes na Dark Web

As autoridades do estado goiano cumpriram nessa semana 41 mandados de prisão temporária, 43 de busca e apreensão e oficializaram...
Security Report | Destaques

ATUALIZADO: Painel de incidentes destaca ocorrências mais recentes

O Painel de Ataques foi atualizado com os casos de incidentes e seus desdobramentos, envolvendo organizações como as prefeituras de...