Grand Palais sofre ataque de ransomware durante Olimpíada de Paris

Complexo cultural estava sendo usado como parte das instalações dos Jogos, abrigando algumas das modalidades. As autoridades competentes do país foram mobilizadas para responder ao incidente cibernético, mas a gestora do espaço informou que o ataque não gerou problemas ao evento, nem foram detectados vazamentos de dados

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O centro de exposição Grand Palais foi alvo de um incidente cibernético envolvendo um ransomware no começo dessa semana. Segundo informou a Promotoria de Justiça de Paris nessa terça-feira (06), o ataque mirou o sistema central de computadores do espaço, mas não causou qualquer interrupção aos eventos sediados ali, e tampouco deixou sinais de algum vazamento de dados internos.

 

O Grand Palais faz parte do complexo montado em Paris para receber os Jogos Olímpicos ainda em curso nessa semana, sediando modalidades como esgrima e taekwondo – Este marcado para ser disputado na próxima quarta-feira (07). O ambiente de computadores atacado também processa os dados de 40 museus afiliados ao complexo cultural, mas estas instalações também não foram afetadas.

 

Segundo informou a rádio FranceInfo, a direção de Tecnologia da Informação do espaço acionou os investigadores da Brigada de Crimes Cibernéticos da Polícia Judiciária (BL2C) e a Agência Nacional de Segurança dos Sistemas de Informação (Anssi) para apurarem a extensão do ataque e se haveria algum dano a ser constatado e remediado. De acordo com a Anssi, os sistemas de informação envolvidos no funcionamento da Olimpíada e Paraolimpíada não foram afetados.

 

A rádio francesa ainda informa que os supostos autores do ataque de ransomware exigiram um resgate em dinheiro para reabilitarem os sistemas. A organização do Grand Palais teria um prazo de 48 horas antes que os dados criptografados fossem expostos na rede. As investigações em curso não confirmaram essa informação para a FranceInfo ou para a Agência Reuters, que as questionaram a respeito.

 

Inicialmente, também se falou que o Museu do Louvre, um dos mais visitados do mundo, tinha sido atingido em um possível ataque em massa, mas a própria instituição negou categoricamente que foi alvo desse incidente.

 

A preocupação com a Segurança Cibernética dos Jogos Olímpicos era um dos grandes focos do comitê organizador do evento na capital francesa. Naturalmente, pela importância internacional da operação, foram exigidas preparações profundas por parte do governo do país e das instituições de Cyber atuantes nacional e internacionalmente.

 

De acordo com a Agência Reuters, o controle feito pelos times de Cyber envolvem a aproximação de times ofensivos e defensivos em treinamentos cooperativos frequentes. Estes times são formados por profissionais de segurança da informação franceses e de outras delegações participantes dos Jogos. O grupo de resposta ainda conta com o apoio de parcerias vindas da indústria de Cyber Security.

 

*Com informações da Rádio FranceInfo, da Agência Reuters, da Folha de S. Paulo e da Agência Brasil

 

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