As empresas do ramo financeiro sempre estiveram no TOP 5 entre os principais alvos de ataques cibernéticos. Além das investidas dos cibercriminosos, o setor sofre também com golpes financeiros que envolvem as mais variadas técnicas, desde boletos falsos a furto de dados, principalmente os que ficam disponíveis em aplicativos nos smartphones.
Em média, um celular é furtado a cada cinco minutos na cidade de São Paulo, de acordo com um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Recentemente, viralizou nas redes sociais o relato de uma vítima que teve o aparelho roubado e acumulou prejuízo de aproximadamente 140 mil reais. A ação chamou a atenção, principalmente, de quem tem aplicativos financeiros instalados.
Por mais que o caso seja de segurança pública, desenvolvedoras de tecnologia precisam adaptar a forma de trabalho e evoluir constantemente as práticas de Segurança da Informação e Privacidade das aplicações. Para Gilmar Esteves, VP de Engenharia da Zup Innovation, empresa de tecnologia do Grupo Itaú, quando envolve o mundo digital, os golpes financeiros são altamente rentáveis para os criminosos, isso porque a dificuldade de investigação por parte dos agentes públicos segue sendo o principal desafio de combate.
Esteves destaca que a baixa maturidade jurídica para reprimir esses crimes é outro fator preponderante, mesmo diante das leis adequadas ao ambiente virtual, o cenário ainda é complexo para coibir os atos ilícitos.
“Conforme os bancos evoluem a tecnologia para ambientes móveis e aplicativos, é natural que golpistas tentem burlar os sistemas para aplicar fraudes. Mesmo com os desafios de Segurança, vejo as instituições financeiras trabalhando para melhorar e criar novos controles”, destaca o executivo em entrevista à Security Report.
Ele acrescenta que é preciso criar barreiras para evitar um possível acesso indevido ou vazamento de informações nos aplicativos financeiros. “Soluções como autenticação biométrica, duplo fator de autenticação, além das tecnologias de verificação do próprio celular, são ótimos recursos de proteção”, completa Esteves.
Na visão do executivo, a pandemia acelerou a transformação digital e exige hoje que as empresas do setor financeiro ampliem ainda mais os recursos de proteção contra golpes financeiros. Inclusive, as desenvolvedoras de tecnologia como a Zup se inserem neste contexto de fomentar mais maturidade em Segurança e proteger melhor os dados dos clientes disponíveis em celulares.
“É preciso evoluir e consolidar a Segurança da Informação como atividade relevante e central dos ativos da empresa. Isso porque a proteção digital se tornou um recurso essencial para qualquer setor”, completa.
Para os usuários se manterem protegidos de possíveis golpes virtuais, o executivo recomenda ainda a redução da exposição nas redes sociais. Além de implementar limites mais baixos fora do horário de uso frequente nos aplicativos de banco e sempre se manter atento aos possíveis golpes e fraudes virtuais.
Outras dicas de prevenção:
• Desconfie de qualquer mensagem que ofereça alguma vantagem ou premiação, incluindo retorno de PIX;
• Fique atento a qualquer movimentação bancária diferente;
• Troque suas senhas com frequência;
• Ao realizar compras, sempre que possível opte por cartões de crédito virtuais, pois são mais fáceis de serem cancelados;
• Se o banco permitir, faça o ajuste do limite do cartão de crédito para um valor menor;
• Antes de clicar em qualquer link, busque os canais oficiais das empresas.