Golpe no WhatsApp já faz quase 6 mil vítimas

ESET alerta que cibercriminosos direcionaram seus esforços para atrair pessoas que estão à procura de emprego

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Os golpes via WhatsApp são cada vez mais comuns. Isso é o que mostra a descoberta mais recente da ESET. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) teve seu nome utilizado de forma indevida. Os cibercriminosos criaram uma mensagem falsa que oferece vagas de trabalho para o serviço com remuneração de até R$3.348,21 e que contém um link em que o usuário do mensageiro seja redirecionado para participar de um suposto processo seletivo.

 

Tanto empresas como instituições públicas têm seus nomes indevidamente usados neste tipo de golpe com alguma frequência. Recentemente, a ESET havia descoberto uma falsa campanha do Boticário.

 

O SAMU é um serviço público e, como os demais serviços desse tipo, exige a participação em um concurso e o cumprimento de alguns requisitos mínimos para que o candidato possa efetivamente fazer parte da equipe de funcionários. Algumas pessoas menos atentas acabam ignorando este fato e acessam um dos endereços maliciosos em busca das “vagas de emprego” ofertadas pela campanha.

 

Entenda como a ameaça funciona

 

Ao acessar o link, a vítima é direcionada para outra página em que apresenta uma mensagem informando que o site de destino foi movido para um novo endereço.

 

A página exibida pede que dados sejam preenchidos para que o suposto processo seletivo tenha continuidade, não sendo possível prosseguir sem o preenchimento dos mesmos.

 

Após o preenchimento das informações, a vítima é direcionada a outra página neste mesmo site onde a mensagem exibida solicita que, para que o usuário comprove que não é um robô, a vaga seja encaminhada manualmente para 10 pessoas ou grupos no WhatsApp, prometendo direcionar o usuário a um site onde poderá enviar seu currículo ao final deste processo.

 

Para aumentar a credibilidade aparente da fraude, diversos depoimentos falsos foram incluídos na parte inferior da página. Todos os comentários exibidos estão fixados no código do site e, apesar de se assemelharem a comentários do Facebook, foram apenas forjados.

 

É bem provável que um usuário desatento acredite nesta publicação que conta com mais de 52 mil comentários. No entanto, lembre-se que até este momento a vítima não realizou login para acessar o Facebook. Na realidade, tanto os perfis como os comentários e as curtidas são falsos.

 

Analisando o código fonte do site é possível observar uma função que contabiliza a quantidade de vezes que o botão “COMPARTILHAR” foi acessado. Ao ser acessado pela décima vez, mesmo que nenhum compartilhamento tenha sido feito no WhatsApp, a vítima é direcionada para um outro site falso. Realizamos alguns testes e observamos que o usuário era direcionado para dois sites distintos.

 

Após análise de ambos os sites ficou claro que o objetivo dos cibercriminosos é obter retorno financeiro através de anúncios dispostos em todas as páginas. Apesar de um dos sites permitir que um cadastro simplório seja realizado, nenhum deles permite que currículos sejam enviados e muito menos exibem informações concretas sobre as vagas ofertadas.

 

Mantenha-se seguro

 

Com a crescente incidência de golpes via WhatsApp, manter-se seguro exige atenção constante e atitudes seguras na Internet. A ESET listou abaixo algumas dicas de segurança para que os usuários possam evitar ataques deste tipo:

 

– Não acesse links que aparentemente sejam suspeitos.

– Procure sempre avaliar a credibilidade e a fonte das informações.

– Não divulgue informações a pedido de sites ou e-mails.

– Evite fazer cadastros em sites pouco conhecidos.

– Tenha fontes de proteção sempre ativas e atualizadas em todos dispositivos que contam com acesso à Internet.

– Tenha cautela ao baixar/acessar qualquer tipo de arquivo na Internet.

 

 

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