Fundador da CrowdStrike deixa posição de decisor da companhia

George Kurtz se desfez de ações da provedora de Segurança em nuvem, transferindo-as para destinatários não revelados. Essa ação, considerada bastante exótica no mercado, consolida a perda do poder de votação do executivo

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O CEO da CrowdStrike, George Kurtz, fez uma doação no valor de US$ 1 bilhão em suas ações da companhia no último mês, levando seu poder de voto a cair de 31% para 2,5%. Segundo a Bloomberg, o executivo e fundador revelou a sua doação para destinatário não divulgados, fazendo-o perder posição dentro da hierarquia interna.

 

Segundo um porta-voz da organização afirmou à agência de notícias, a ação é um reflexo de atividades filantrópicas e planejamento do patrimônio, mas não especificou outros detalhes. De acordo com o Índice de Bilionários da Bloomberg, o executivo tem um patrimônio líquido de cerca de US$3,2 bilhões, e se desfaz da propriedade e controle de parte da empresa enquanto ainda atua nas operações.

 

A maioria das operações do CEO foi classificada como doação por não serem pagas pela sua transferência. Desde 2022, o bilionário já doou mais de US$ 11 milhões de ações. Esse processo de transferência de suas ações levou o executivo a acionar uma cláusula interna para eliminar os efeitos das ações de “super-votantes”, usadas nas empresas para preservar o poder de voto dos fundadores.

 

A publicação da Bloomberg ainda informa que a CrowdStrike segue em um processo de recuperação das perdas relacionadas ao apagão cibernético ocorrido no ano passado, porém, a reportagem ou o porta-voz não informam se essa diluição das ações de Kurtz é uma reação a essa ocorrência. Na época, bancos, varejistas, bolsas de valores, linhas aéreas, transportes marítimos, entre outras áreas de negócios tomaram medidas urgentes para responder a uma parada crítica em seus sistemas.

 

Devido a um defeito de fábrica, um update da plataforma Falcon, da CrowdStrike, causou problemas aos hosts Azure da Microsoft, que utilizam a ferramenta. Posteriormente, a vendor de Cibersegurança informou que, devido a um bug no validador de conteúdo, uma das duas instâncias de modelo testadas naquele dia foi aprovada na validação, apesar de conter dados de conteúdo problemáticos.

 

*Com informações da Bloomberg

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