Fechando o gap de fraude com a biometria comportamental

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Os fraudadores continuam buscando maneiras de romper até mesmo as soluções de prevenção de fraude mais complexas e sofisticadas. Por isso a biometria comportamental está se tornando cada vez mais popular, pois inclui uma camada adicional de segurança contra essas ameaças


*por Rafael Costa Abreu

As soluções inteligentes de identidade digital e inteligência de dispositivos são populares entre as empresas que buscam ferramentas eficientes de prevenção de fraudes, permitindo que elas reconheçam bons usuários por meio de dispositivos confiáveis, localização e sua pegada digital, enquanto identificam vários padrões que podem indicar fraude.

Embora essas tecnologias sejam altamente eficazes, os fraudadores continuam buscando maneiras de romper até mesmo as soluções de prevenção de fraude mais complexas e sofisticadas – utilizando golpes de engenharia social, por exemplo, em que o cliente final é manipulado para autorizar uma transação para o fraudador. Por esse e outros motivos, a biometria comportamental está se tornando cada vez mais popular, pois inclui uma camada adicional de segurança contra essas ameaças, sem adicionar complexidade à jornada do cliente.

A biometria comportamental analisa a maneira como um usuário interage com um dispositivo ou aplicativo online, avaliando pontos de dados como movimento do telefone, comportamento da tela sensível ao toque, ritmo de digitação, tempo em uma página e outros gestos interativos. A tecnologia pode ajudar as organizações a identificar clientes genuínos com base em padrões e critérios, incluindo ritmo de pressionamento de tecla, quanto tempo o usuário mantém uma tecla pressionada antes de liberar, deslizar, movimentos do mouse e a força com que o usuário pressiona a tela.

Essa tecnologia sofisticada usa essas informações para desenvolver uma compreensão mais profunda do ser humano por trás da ação e seu comportamento típico para identificar desvios que podem ser indicativos de atividade fraudulenta.

Formar um modelo preciso de comportamento requer apenas algumas interações. Depois que a tecnologia estabelece qual é o padrão normal de um dispositivo, a biometria comportamental torna-se uma ferramenta muito eficaz para identificar mudanças ou para detectar se o cliente está agindo sob coação. Tecnologias de biometria comportamental de ponta podem verificar indivíduos únicos com base nesses padrões de comportamento para ajudar a diferenciar entre um cliente legítimo, um bot ou um fraudador.

Oferecer experiências de cliente personalizadas, rápidas e seguras, minimizando a fraude, é o objetivo final para interações digitais bem-sucedidas. As empresas precisam de uma visão mais dinâmica das identidades dos clientes e dos riscos associados a uma transação que englobe o contexto digital, físico e comportamental numa abordagem multicamadas.

Equilibrar o desafio entre risco e atrito é onde a tecnologia de biometria comportamental se torna um divisor de águas. Os clientes digitais esperam uma experiência rápida e conveniente. O atrito desnecessário na jornada pode causar interrupções, levando ao abandono ou falha na transação. Ao mesmo tempo, os clientes precisam se sentir protegidos contra fraudes durante toda a jornada.

A capacidade de verificar passivamente clientes confiáveis, mantendo um nível de atrito apropriado ao risco para pontos de contato específicos ou eventos de alto risco, ajuda a manter as transações digitais em movimento eficiente. A capacidade de expandir as percepções do usuário sobre como os consumidores individuais interagem com dispositivos e aplicativos pode desempenhar um papel integral na facilitação da autenticação passiva.

A biometria comportamental é uma opção poderosa para empresas que buscam uma avaliação de risco mais abrangente e recursos de verificação passiva do cliente. No final, a biometria comportamental pode diminuir a fraude enquanto melhora a experiência do cliente.


*Rafael Costa Abreu é diretor de fraude e identidade LATAM, LexisNexis Risk Solutions

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