Informação do comprometimento de documentos ultrassecretos veio à luz no fim da semana passada e autoridades norte-americanas se lançaram em uma intensa investigação para encontrar os criminosos. O indivíduo preso é um oficial da Guarda Nacional Aérea de Massachussetts e fazia parte do fórum da internet onde os registros foram vistos pela primeira vez
O FBI deteve na tarde dessa quinta-feira (13) um suspeito de estar ligado ao vazamento de documentos de defesa e inteligência do Pentágono, ocorrido nessa semana. A informação foi apurada pelo jornal The New York Times, que também informou com antecedência o vazamento nas mídias sociais, notícia que foi confirmada pelo próprio Bureau e pelo Procurador de Justiça de Massachusetts Merrick Garland, onde a prisão foi efetuada.
Segundo informações da BBC, o indivíduo detido pela polícia era Jack Douglas Teixeira, um oficial militar de 21 anos, membro do braço de inteligência da Guarda Nacional Aérea de Massachussetts. Teixeira era parte de um grupo de mensagens de um jogo online hospedado na plataforma Discord. Foi nesse ambiente, segundo o jornal britânico, que o oficial teria vazado pela primeira vez os documentos sigilosos.
O FBI confirmou a prisão de Teixeira em um comunicado divulgado nessa mesma quinta. A nota diz que a organização ainda está conduzindo mandados judiciais no endereço do suspeito: “Desde o fim da última semana, o FBI tem rastreado ativamente as pistas e a prisão de hoje demonstra nosso contínuo comprometimento em identificar, perseguir e deter aqueles que traíram a confiança do nosso país e colocaram a segurança nacional em risco”, prossegue o texto.
Depois que o Pentágono informou, na última sexta-feira (07), que estava investigando o comprometimento de dados extremamente sigilosos, os Estados Unidos enfrentaram constrangimentos com aliados e outras potências globais, como China e Rússia.
Os registros – entre 50 e 100 diferentes, de acordo com a BBC – tratam especialmente sobre dados de inteligência da Guerra na Ucrânia e atividades de outros países a respeito do conflito. Coreia do Sul e Israel, dois dos países envolvidos nos documentos, pretendiam pedir esclarecimentos ao governo Biden sobre o caso.
Desde então, autoridades do alto escalão norte-americano reafirmaram todos os esforços em buscar a fonte do vazamento e puni-la. Na segunda-feira (10), o Porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca disse que o departamento de justiça estava todo empenhado nas buscas. No dia seguinte, o Secretário de Defesa Lloyd Austin afirmou que os EUA “revirariam cada pedra até encontrarem a fonte do vazamento e a extensão dele”.
Na manhã de hoje, o Presidente Joe Biden informou, em coletiva de imprensa durante sua viagem à Irlanda, que as investigações estavam perto de encontrar o autor da divulgação dos documentos classificados. “Há uma apuração completa em curso, envolvendo a comunidade de inteligência nacional e o Departamento de Justiça”, disse o mandatário.
*Com informações da BBC News