Por Nycholas Szucko
Lindy’s uma delicatessen em Nova York ficou conhecida por receber comediantes que ali desenvolveram uma teoria, que posteriormente, foi comprovada matematicamente por Nassin Nicholas Taleb. A teoria prega que: o que ou quem perdura, ou seja, tem uma história estável ao longo do tempo, tem maior chance de vitória em longo prazo do que aqueles com muita habilidade e pouca trajetória. De acordo com este pensamento, um comediante iniciante, mesmo que habilidoso, teria um desafio maior de se manter e ganhar fama, se comparado àqueles que perduraram. Ou um exemplo mais claro, se um livro ou uma empresa já existe por 100 anos, a chance de perdurar ao menos mais 100 anos, é muito maior do que uma empresa que acaba de ser criada hoje durar 100 anos.
Mas o que isso tem a ver com Cibersegurança na área industrial? É que faço uma analogia e levo essa teoria para a área em que atuou. Reforço que fazer o básico bem-feito já se provou no tempo (perdurou), ou seja, funciona. Pode não ser glamoroso, sexy e nem razão para prêmios de inovação, mas resolve.
De fato, no setor industrial esta abordagem não o tornará invencível, mas o destacará entre outras companhias. É válido lembrar que o cibercrime é um mercado de $6 trilhões de dólares neste ano e até 2025 a projeção é passar de $10 trilhões. Um negócio tão bem administrado que leva em conta o ROI, TCO, etc.
Para fazer o básico bem-feito por prioridade e efetividade, deve-se considerar:
1) Implementar o duplo fator de autenticação;
2) Aplicar patches de correção;
3) Aposentar protocolo legados;
4) Ter visibilidade de seu ambiente on-prime & cloud;
5) Inventário de seus ativos;
6) Backup dos dados, com testes de restauração e integridade periódicos;
7) Processo & Governança;
8) Todos treinados: Equipes de TI e Segurança, executivos e funcionários:
• Treinamento para identificar e-mail malicioso;
• Conscientização de Cybersecurity;
• Exercícios de situações críticas como seu ambiente sendo criptografado e gerando a interrupção do negócio. Todo saberiam como agir?
• Simulações de exposição frete a ataques mais comuns ou específicos de indústria, Table Top;
• Simulações de ataques.
Tratando-se do setor industrial, quando o vapor passou a ser utilizado, quando a eletricidade despontou como força motriz, normas de segurança nasceram, novos profissionais despontaram, e a sociedade naquele tempo teve coragem e seguiu em frente – transformando a indústria na atual indústria 4.0. Da mesma maneira, possuir novas tecnologias (IA, Big Data, IoT etc) e automação e não aproveitar o máximo de cada uma delas com uma segurança básica (mas eficaz) é mais do que simplesmente ter um custo sem retorno, é dar um prazo de validade ao seu negócio.
*Nycholas Szucko é Diretor regional de Vendas para Nozomi Networks para América Latina