Especial CyberTech: “Mobilidade e cloud são o futuro da Segurança”, afirma CEO da Check Point

Durante abertura da CyberTech, evento que acontece nesta semana em Tel Aviv, Israel, Gil Shwed vislumbra avanço da migração de serviços para a nuvem neste ano, mas alerta que falta de consciência ainda leva empresas a assumir riscos desnecessários

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Gil Shwed, fundador e CEO da Check Point, subiu ao palco da CyberTech,  evento que acontece nesta semana em Tel Aviv, Israel, para falar de algumas tendências em Segurança da Informação. Em sua opinião, neste ano, pode-se esperar uma maior adoção de serviços em cloud por parte das empresas, embora parte delas insistam em desconsiderar alguns requisitos de segurança.

 

“A nuvem é segura, mas as pessoas costumam a confiar demais em seus provedores, talvez por serem renomados, e não adotam medidas adicionais de proteção corporativa”, disse. Segundo Shwed, as empresas precisam investir em estratégias integradas em cloud antes de serem atacadas, senão os riscos serão bem maiores para as companhias.

 

“É como antivírus e firewall. As empresas usam e devem continuar usando, mas não é suficiente. O mesmo acontece na nuvem. Não adianta apostar somente na proteção oferecida por esses provedores, é preciso usar recursos adicionais”, disse.

 

Mobilidade

 

Uma das principais inquietações de Shwed é como as organizações ainda não estão preparadas para os riscos em dispositivos móveis. Com a popularização da IoT, Smart Cities e Smart Cars, as superfícies dos ataques cresceram consideravelmente, mas não proporcionalmente à preocupação das companhias.

 

“Apenas uma minoria dos colaboradores utiliza proteção em dispositivos móveis. Porém, 20% dos ataques começam nesses aparelhos”, alerta. Além do baixo uso de aplicações de segurança, outra razão para o alto índice de vulnerabilidade nesses sistemas seria a enorme quantidade de aparelhos lançados sem os recursos de segurança ideais, tornando alvos fáceis para cibercriminosos.

 

Shwed elencou alguns motivos para empresas não darem tamanha prioridade para segurança nos dispositivos móveis:  muito complicado, desconhecimento da importância, muitos produtos para proteger, custo elevado e falta de mão de obra especializada para administrar esses ambientes. A consequência? Falta de visibilidade, sistemas vulneráveis, caros e ineficientes.

 

“Temos tecnologias disponíveis no mercado, mas falta adoção. Os departamentos parecem estar muito ocupados dando suporte em TI e não dando devida atenção às coisas realmente importantes”, finalizou.

 

* Alexandre Finelli viajou para Israel a convite do Consulado de Israel no Brasil

 

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