Análises mostram que Cibersegurança e Cloud movimentaram fortemente os processos de Transformação Digital no ano passado. Em 2022, os investimentos em serviços de infraestrutura de nuvem cresceram 29%, segundo a Consultoria Canalis, levando o mercado a alcançar US$ 247 bilhões no ano. Já os gastos em Cibersegurança movimentaram US$ 168 bilhões.
Na visão de Marcelo Motta, Diretor Global de Cibersegurança da Huawei LATAM, existe um processo natural de conscientização em curso, no sentido de investir antecipadamente em Segurança da Informação, fortalecendo equipes, aplicando soluções essenciais e desenvolvendo processos de governança da proteção de dados. Essa mudança de paradigma foi movida pelo crescimento dos ciberataques no Brasil e no mundo.
“Contar com tecnologias de Cibersegurança implementadas nos ambientes não é o suficiente para empresas preservarem as informações. É necessário também todo um investimento aplicado antes, o que já é um desafio por si só. Além disso, os ataques cibernéticos têm grande potencial destrutivo, mas é possível agir de forma preventiva, antecipando um cenário de crise”, afirmou ele durante o painel de debates online “Transformação Digital: Growth, Nuvem e Cibersegurança”, realizado hoje (14).
O executivo acrescenta que, embora no começo, empresas temessem pela confiabilidade da Cybersecurity nos ambientes Cloud, à medida que a migração foi expandindo, estas soluções se provaram muito mais completas para defender o trânsito de dados. O fato de se estar na nuvem também permite aprender mais rapidamente com esses ataques e construir novas soluções capazes de mitigar os incidentes.
Cuidados para a migração
Motta aponta algumas das melhores práticas para as corporações se atentarem não só nos processos de movimentação, mas a continuidade dentro na nuvem se se deem de forma segura. Todas elas estão listadas no White Paper da Huawei “Ameaças de Segurança em Ambientes de Nuvem”, feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O documento aconselha, por exemplo, definir planos claros de gestão de riscos; estabelecer políticas de Zero Trust e controles de nivelamento de privilégios entre os usuários da nuvem; desenvolver inventários de ativos da empresa e aplicar serviços automatizados de descoberta de aplicações.
Outro conselho do Diretor Global é que as equipes de SI preservem em seus setores uma parte para os trabalhos de governança, para que se estudem tipos de práticas, serviços e políticas para serem adotadas no próprio setor empresarial. Isso será importante também para ensinar os funcionários sobre as capacidades de defesa que possuem e como aplicá-las diante de um contexto de crise
“Fazer parte do ecossistema de nuvem como serviço em todos os seus aspectos é uma jornada longa, mas inevitável. Portanto a Cibersegurança precisa ser parte adicional desse desenvolvimento, sem a qual ele não poderá acontecer da melhor forma. É nossa obrigação investir em educação e compartilhamento de informações para que possamos criar um ambiente digital cada vez mais seguro”, completa Motta.