Durante o evento AWS Summit Brasil 2024, realizado hoje (15), em São Paulo, a big tech apresentou seus posicionamentos estratégicos para a aplicação dos novos modelos de Inteligência Artificial em seus produtos. O Vice-presidente de IA da AWS, Vasi Philomin, aproveitou a oportunidade para falar de como a empresa pretende endereçar as novas questões de Cibersegurança que o mercado tem enfrentado.
Durante o keynote, Philomin apontou o enorme impacto que a nova tecnologia gerou no mercado global, gerando o que ele apontou como uma nova era de inovação, voltada para as aplicações da IA. Diante disso, é crucial que empresas e provedoras parceiras tenham em mente o valor e a criticidade que os dados das pessoas passaram a ter nesse mundo.
“O mercado todo precisa entender que o foco não é a tecnologia em si, mas o dado que está sendo usado por ela. Isso é crucial tanto para direcionar melhores casos de uso, quanto para endereçarmos desenvolvimento responsável da IA, que evitem aplicações nocivas ao ciberespaço ou mesmo comprometimento do bom funcionamento das linguagens da superfície”, ressaltou Philomin na apresentação.
Nesse sentido, a AWS buscou comprometer-se com melhores práticas de desenvolvimento ético da IA. Através da plataforma Amazon Bedrock, usada para reunir todas as linguagens públicas e próprias de IA, a companhia aplica controles específicos de Segurança para evitar inserção de dados maliciosos que visem danificar ou gerar alucinações da máquina.
Conforme explica Philomin, essa demanda gira em torno da estratégia da AWS em garantir bons dados para gerar linguagens funcionais de IA. Dada a capacidade de a tecnologia influenciar o comportamento de colaboradores, ou mesmo de toda a companhia, garantir a segurança desses modelos é uma tarefa fundamental e compartilhada por todo o mercado.
“Todos precisamos que a IA seja implementada de forma segura, confiável e responsável desde o início, pois os usos negativos da tecnologia se expandem com mais rapidez que os positivos. Nossa proposta é aplicar a tecnologia sem influências externas, por meio de guardrails e padrões de Segurança que podem ser implementados por todos os agentes de mercado, como uma medida compartilhada de proteção”, disse o executivo.
IA e Cibersegurança
Vasi Philomin também participou de uma coletiva de imprensa com jornalistas, onde teve a oportunidade de falar de outros desafios relacionados à IA na Cibersegurança. De acordo com ele, a possibilidade de influenciar todos os cenários de tecnologia deve gerar uma atenção mesmo em profissionais que, como ele, não se especializaram em Cyber. Isso abre a possibilidade de desenvolver novas linguagens e aplicá-las com facilidade em qualquer uso.
“Definitivamente essa tecnologia também cumprirá um papel crítico na Cibersegurança das empresas. No cenário de Cloud Security, por exemplo, podemos imaginar as capacidades de analisar vulnerabilidades disponíveis em um ambiente complexo, o que é útil tanto para remediar essas brechas quanto para expô-las a um agente nocivo. São usos que precisam ser levados em conta”, alertou o VP de IA da AWS.
Essa análise se alinha à visão de que os dados serão o ponto central de qualquer estratégia envolvendo a Inteligência Artificial, tornando a proteção dos dados um novo ativo para os negócios. “A nossa disposição em proteger esses recursos corporativos tem transformado como nossos clientes olham para nós, pois, com os padrões de defesa na mesa, basta aos nossos parceiros aplicá-los”, encerrou Philomin.