Em 2018, os dados se tornarão um dos ativos mais importantes de qualquer organização, razão pela qual os consumidores e as empresas precisam saber como mantê-los seguros. Impulsionadas por tendências como a digitalização e a nuvem, a quantidade de dados que as organizações possuem segue aumentando, tornando o Dia da Privacidade de Dados, a ser promovido em 28 de janeiro, um evento cada vez mais relevante.
Acompanhando o tema do evento, ressalto algumas reflexões sobre como os dados estão provocando mudanças em nossas vidas aceleradas, conectadas e móveis e como as organizações devem reavaliar sua maneira de gerenciar dados para atender a essas necessidades.
Atender ao consumidor: simplificar e ser transparente
Ao construir uma estratégia em torno da privacidade dos dados, as organizações precisam adotar uma abordagem centrada no consumidor em relação à comunicação. As pessoas confiam no que podem ver e entender. A transparência é a porta de entrada para o envolvimento com a marca, não apenas para os clientes aos quais você fornece algum serviço, mas também para seus funcionários com visão de dados. À medida em que os dados e a forma como são utilizados continuam a evoluir, as empresas serão cada vez mais responsáveis por protegê-los. Os negócios precisam ser proativos na comunicação da finalidade dos dados e mais criativos em como oferecem essa transparência. As organizações que mudam seu foco para além de questões legais relacionadas, meramente, a “termos e condições” e começam a educar seus públicos para o incrível valor que os dados podem fornecer ganharão a confiança e o respeito que, em última instância, lhes permitirão utilizar os dados para seu máximo benefício.
Consumidores mais criteriosos levarão a uma regulação mais inteligente da privacidade de dados
Casos de violação de dados dominaram os noticiários no último ano – da Equifax à Uber, Whole Foods e mais. Os consumidores estão mais inteligentes e muito mais cuidadosos em relação à forma como compartilham seus dados em aplicativos, sites, dispositivos e máquinas com os quais se conectam. Essa mudança de atitude vem gerando uma nova onda de regulação, a começar pelo General Data Protection Regulation (GDPR), controle a ser implementado na Europa. O GDPR, que entrará em vigor em maio de 2018, fornece um prisma bastante útil através do qual podemos prever os rumos da privacidade dos dados. As organizações em todo o mundo devem observar o GDPR com atenção, especialmente na América Latina, onde percebemos maior demanda por uma regulação federal da privacidade de dados ganhando impulso nos próximos anos.
Reavaliando a responsabilidade na nuvem
Vivemos em uma época em que as barreiras físicas aos dados aparentemente foram eliminadas e o acesso generalizado é oferecido a velocidades cada vez mais rápidas, independentemente de nossa localização – resultando no surgimento de empresas que priorizam a nuvem, projetadas para atender a essas necessidades. E à medida em que a nuvem ganha importância global, a privacidade dos dados também passa ocupar um lugar destaque na mente dos consumidores. Na verdade, 60% dos tomadores de decisões de TI e empresários afirmam que a privacidade dos dados é a maior preocupação ao se associarem a um provedor de nuvem, mas existe uma confusão extrema sobre quem é, realmente, responsável por garantir que os dados confidenciais permaneçam privados.
Estamos vivendo um momento crítico, em que a nuvem está acelerando o risco. As organizações precisam entender suas responsabilidades e indagar mais como os dados estão sendo armazenados e protegidos. Há, também, uma transferência de confiança ao lidar com a nuvem, razão pela qual é importante que as empresas obtenham garantias escritas do provedor de serviços na nuvem de que os dados, incluindo os backups, serão excluídos permanentemente após a rescisão do contrato.
*Zachary Bosin, Diretor de Soluções da Veritas,