No mundo digital, o espírito natalino se manifesta da forma mais conectada. Desde a chegada dos dispositivos IoT na vida dos usuários digitais, não são apenas os consumidores que têm interesse por essas tecnologias, mas também os cibercriminosos. Segundo projeção do Gartner no Brasil, a instalação de dispositivos conectados no país aumenta anualmente a uma taxa de 13,5%. Além disso, a consultoria IDC prevê que até 2025 haverá 41,6 bilhões de dispositivos IoT conectados.
A Check Point Software destaca os grandes benefícios da IoT: interconectividade conveniente, acessibilidade para todos em qualquer lugar e profunda inovação tecnológica. No entanto, os especialistas apontam que os dispositivos IoT também podem representar um risco ao usuário, pois neles são depositadas informações pessoais e os dispositivos são interligados com outros através da rede, tornando a privacidade do usuário muito mais vulnerável.
Durante o Natal, temos visto um aumento na utilização desses dispositivos IoT, seja para a decoração das casas como para presentes: luzes de enfeites natalinos que se acendem a partir do nosso smartphone, aquecimento ou refrigeração residencial que se ajusta às nossas necessidades, árvores inteligentes, arquivos conectados, tecnologias vestíveis como relógios que rastreiam frequência cardíaca e saúde, alarmes e sistemas de segurança de automação residencial e uma variedade de outros dispositivos.
Nesse sentido, é fundamental que os usuários se certifiquem de que todos os presentes tecnológicos tragam apenas felicidade e não introduzam intrusos em suas casas. Envolver os dispositivos em camadas de segurança é a chave para manter o espírito natalino conectado, positivo e seguro.
Principais medidas para proteção
É cada vez mais comum o Papai Noel incluir dispositivos inteligentes em sua sacola de presentes, todos com senhas padrão que são facilmente exploráveis por cibercriminosos. Para melhorar a segurança, é importante alterar o nome de usuário e a senha padrão, os deixando mais complexos. O uso de autenticação de múltiplos fatores (MFA) é recomendado para melhorar a segurança. Evitar reutilizar e repetir senhas entre dispositivos.
Quando recebidos, os presentes que ficam nas casas são conectados à rede, oferecendo mais vulnerabilidades aos atacantes, que poderão encontrar fácil acesso à residência de um usuário. Para evitar isso, é essencial que esses dispositivos IoT tenham firewalls para protegê-los e para bloquear qualquer informação armazenada neles. Além disso, o software desses dispositivos terá de ser atualizado regularmente para evitar que os cibercriminosos explorem vulnerabilidades conhecidas.
Outra medida importante para manter os dispositivos IoT seguros é usar sempre uma conexão segura. A VPN (ou Rede Privada Virtual) é uma tecnologia mais segura que fornece aos usuários privacidade e segurança online, criptografando os dados transmitidos entre o dispositivo e o servidor. O sistema pode detectar e alertar sobre padrões incomuns de comportamento. Isso evita ataques e permite uma resposta mais rápida aos ciberataques.
Além disso, com os novos dispositivos IoT recém presenteados e conectados à rede, é necessário revisar quais outros dispositivos são usados diariamente e identificar aqueles que estão obsoletos. Se houver um dispositivo que não esteja sendo utilizado, atualizado ou monitorado, mas ainda esteja próximo de outros dispositivos, ele poderá representar um risco, pois ainda está conectado aos demais. É aconselhável desconectá-lo da rede para reduzir a chance de acesso do cibercriminoso.