O Dia da Internet Segura é promovido em mais de 140 países pela SaferNet, entidade que atua na promoção de um ambiente digital mais seguro e responsável. Este ano, o Safer Internet Day acontece hoje, 11, e tem como objetivo envolver diferentes atores, públicos e privados, na promoção de atividades de conscientização em torno do uso seguro, ético e responsável das TICs.
Este assunto é pautado não só pelas iniciativas da entidade, mas das empresas em geral, além de escolas, universidades e ONGs. A ideia é fomentar uma ampla discussão e reflexão em torno dos diversos desafios enfrentados na rede, como cibercrime, extorsão, bullying e desinformação.
Com o tema central “Ajude a Criar Uma Internet Mais Positiva”, a entidade, em parceria com diversas empresas e instituições como o NIC.br, CGI,br e CERT.br, chama atenção principalmente para o bem-estar digital, que envolve ações de conscientização, orientação e prevenção. “Contamos com a colaboração de toda a sociedade brasileira para promover o uso consciente e responsável da internet”, destaca Thiago Tavares de Oliveira, presidente SaferNet Brasil.
Segundo o executivo, a entidade está há 12 anos no país promovendo e fomentando discussões em prol de um ambiente digital mais seguro. Só em 2019, a SaferNet atendeu 30 mil pessoas no canal de ajuda, são cidadãos que procuraram auxílio para resolver problemas relacionados a temas como cyberbullying, privacidade, vazamento de dados pessoais, saúde mental, entre outros assuntos que envolvem a segurança digital.
A gerente de Bem-estar do Facebook Brasil, Daniele Kleiner Fontes, destaca que ao longo dos anos, o tema de proteção da internet foi evoluindo, iniciando para um debate pautado em privacidade e proteção de contas. Hoje, o tema ganhou novos destaques na discussão com o objetivo de evoluir para o amadurecimento do bem-estar digital.
“Para nós do Facebook, é importante não só garantir que nossas plataformas sejam seguras, mas que o ecossistema da internet seja seguro”, diz a executiva. Ela acrescenta que todo o debate vai além de conscientização e atinge o desenvolvimento de habilidades que envolvam toda a sociedade, em especial, os jovens. “Só assim eles poderão usufruir melhor da tecnologia e enxergar valor na proteção da internet”, completa Daniele.
Assim como o Facebook, o Google, também é uma das empresas parceiras da SaferNet e chama atenção para o tema. A gigante de tecnologia integra as iniciativas do Dia da Internet Segura visando orientar e ajudar os usuários a se sentirem mais seguros ao utilizar as plataformas digitais.
Segundo Alê Borba, estrategista sênior de Confiança e Segurança no Google, a empresa está comprometida em tornar a internet um lugar mais protegido e, entre as melhores práticas para um ecossistema protegido, o executivo destaca o uso de senhas fortes.
“O usuário que tem a prática da senha fácil em e-mail, aplicativos ou em redes sociais, pode ter facilmente uma vítima de roubo de dados. O ideal é ter uma senha diferente para cada um desses itens, dificultando o descobrimento do seu acesso”, completa o executivo do Google.
Millennials na cybersecurity
Sandra Cortesi, pesquisadora do Berkman Klein Center da Harvard University, destaca três iniciativas importantes que a parceria entre os setores público e privado pode promover a fim de fomentar o bem-estar digital e o envolvimento dos jovens em questões de cyberesecurity:
1ª projeto de mídia: criar laboratórios de juventude em empresas e órgãos públicos a fim de separar um espaço físico que funcionem como um centro acadêmico para lidar com os principais pontos de segurança na internet;
2ª codesigner: trabalhar com os jovens e convidá-los a serem cocriadores na produção de conteúdo educacional dentro e fora do mundo acadêmico/escolar, o que ajuda no processo de desenvolvimento seguro;
3ª engajamento: envolver os jovens desde o início dos projetos, com objetivo de construir uma relação de confiança, desenvolver o senso de pertencimento para que eles se sintam engajados em participar de uma jornada mais segura na internet.
“O bem-estar dos usuários deve ser avaliado e tratado de uma forma mais holística em todas as esferas. Nós devemos encontrar diversos mecanismos para envolver toda sociedade nessa jornada a fim de tornar a internet um ambiente mais seguro”, completa Sandra Cortesi.