* Alex Soares
A crise econômica que o país vem enfrentando de forma mais intensa desde o ano passado parece não ter alcançado o segmento de e-commerce no país. Isso é ótimo, pois o crescimento do setor estimula outras áreas da economia nacional. Porém, houve também aumento no número de fraudes online. Assim, o desafio é claro, mas não tão simples: dar vazão ao crescimento do setor sem padecer pelos danos causados por ciberataques. Felizmente, isso é possível!
A dimensão do crescimento do comércio online é realmente significativa e, mesmo com a desaceleração — uma vez que chegou a atingir crescimento anual de 28% em 2012 —, registrou em 2015 aumento de 15% sobre 2014 e, ainda, faturou R$ 41,3 bilhões, segundo o relatório E-Bit/WebShoppers. Adicionalmente, o ano fechou com mais de 106 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 388 (12% maior que o ano anterior). A projeção para 2016 é que o e-commerce nacional cresça cerca de 18% em relação a 2015 e fature próximo de R$ 48 bilhões. Acredito que a conveniência do serviço de consumo online e facilidades oferecidas pelas lojas virtuais sejam os principais motores que alavancam esse crescimento.
Conforme antecipado, nessa mesma toada — segundo relatório da Akamai (State of the internet Security, referente ao quarto trimestre de 2015) — o número de ataques DDoS aumentou 40% em comparação ao trimestre anterior e mais do que 149% em relação aos últimos 12 meses. Hackers não param de evoluir no que diz respeito às formas de ataque, somando-as às técnicas e ferramentas já existentes e, assim, combinando métodos de ataque tradicionais e mais refinados para elevar suas taxas de sucesso.
Apesar do cenário parecer assustador, mais empenhados do que os hackers que insistem em novas técnicas de fraude, estão pesquisadores e empresas de tecnologia a favor da segurança e do desenvolvimento do segmento de e-commerce. Dado que é impossível prever as proporções de um ataque, o uso da nuvem eleva as chances de mitigação por comportar volume ilimitado de conteúdo e hoje é, sem dúvida, a melhor alternativa para prevenção de ataques maliciosos. Além disso, permite lidar com elevados números de acessos reais sazonais, como é o caso da Black Friday.
As possibilidades para expandir camadas de segurança e garantir uma operação segura tanto para o site quanto para o usuário são inúmeras e se adequam à realidade e necessidade de cada loja virtual. Por meio da garantia de segurança e performance garante-se a satisfação do usuário durante a compra e, consequentemente, o aumento da conversão.
Mesmo com os desafios de nosso país, o cenário é propício. Então, bons negócios!
* Alex Soares é arquiteto Sênior de Inovação na Exceda