Cresce ameaça de malwares em dispositivos móveis durante o mês de novembro

Pesquisadores da Check Point relatam que o cavalo de Troia móvel XHelper está se espalhando tão rápido que entrou na lista dos 10 principais malwares em 8º lugar, além de ser a maior ameaça que afeta os dispositivos móveis

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A equipe de pesquisa da CheckPoint Research, segundo o Índice Global de Ameaças referente ao mês de novembro de 2019, relatou que, pela primeira vez em três anos, um cavalo de Troia móvel, o XHelper, entrou na lista geral dos principais malwares, além de ser a ameaça móvel predominante no mês passado.

O cavalo de Troia móvel é o XHelper, que foi visto pela primeira vez em março de 2019. O XHelper é um cavalo de Troia de múltiplos propósitos, destinado a usuários do Android que podem baixar outros aplicativos maliciosos e exibir anúncios maliciosos. Também é relatado que é um aplicativo persistente, capaz de se reinstalar mesmo se for desinstalado pela vítima. Nos últimos seis meses, o código do malware foi atualizado constantemente, ajudando-o a fugir das soluções antivírus móveis e a continuar infectando novas vítimas. Como resultado, o XHelper entrou na lista geral dos 10 principais malwares na 8ª posição.

Em relação ao malware mais procurado em novembro, o botnet Emotet mantém a posição número 1 desde outubro. No entanto, em novembro, impactou 9% das organizações em todo o mundo, ante 14% no mês anterior.

“O Emotet e o XHelper são malwares versáteis e multifuncionais que podem ser adaptados às necessidades dos criminosos, como distribuir ransomware, espalhar campanhas de spam ou distribuir publicidade maliciosa nos dispositivos dos usuários. Isso mostra que os criminosos estão tentando várias táticas ilícitas diferentes para monetizar suas operações, em vez de seguir uma única tendência como a criptografia que dominou o setor em 2018”, diz Maya Horowitz, diretora de Threat Intelligence & Research, Products da Check Point. “Como tal, é essencial que as organizações implantem as soluções anti-malware de última geração em suas redes e nos dispositivos móveis dos funcionários, para proteger todos os endpoints (terminais) corporativos. Eles também devem educar os funcionários sobre os perigos de abrir anexos de email, baixar recursos ou clicar em links que não provêm de uma fonte ou contato confiável.”

Os três malwares “mais procurados” de novembro de 2019:

* As setas estão relacionadas à alteração na classificação em comparação com o mês anterior.

 

O Emotet manteve sua posição no topo da lista de malware, com um impacto global de 9%. O XMRig foi o segundo malware mais popular, afetando 7% das organizações em todo o mundo, seguido pelo Trickbot, afetando 6% das organizações em todo o mundo.

↔ Emotet – O Emotet é um Trojan avançado, autopropagável e modular. O Emotet era anteriormente um Trojan bancário e recentemente foi usado como distribuidor de outros malwares ou campanhas maliciosas. Ele usa vários métodos para manter técnicas de persistência e evasão para evitar a detecção. Além disso, ele pode se espalhar por e-mails de spam de phishing contendo anexos ou links maliciosos.

↔ XMRig – O XMRig é um software de mineração de CPU de código aberto usado para o processo de mineração da criptomoeda Monero, que foi visto pela primeira vez em maio de 2017.

↔ Trickbot – O Trickbot é um Trojan bancário dominante, sendo constantemente atualizado com novos recursos e vetores de distribuição. Isso permite que o Trickbot seja um malware flexível e personalizável que pode ser distribuído como parte de campanhas com vários propósitos.

Os três malwares para celular “Mais procurados” de novembro:

Este mês, o xHelper – uma nova entrada na lista de principais malwares – foi o malware móvel mais predominante, seguido por Guerrilla e Lotoor.

xHelper – Um aplicativo Android malicioso observado desde março de 2019, usado para baixar outros aplicativos maliciosos e exibir anúncios. O aplicativo é capaz de se esconder dos programas antivírus móveis e do usuário e se reinstala se o usuário o desinstalar.

Guerrilla – Um Trojan Android encontrado incorporado em vários aplicativos legítimos, capaz de baixar cargas maliciosas adicionais. O Guerrilla gera receita de publicidade fraudulenta para os desenvolvedores de aplicativos.

Lotoor – Ferramenta de hack que explora vulnerabilidades no sistema operacional Android para obter privilégios de root em dispositivos móveis comprometidos.
Vulnerabilidades “Mais exploradas” de novembro:

Este mês, os três principais explorados permaneceram os mesmos do mês anterior – as técnicas de injeção de SQL continuam liderando a lista, impactando 39% das organizações em todo o mundo, seguidas pela vulnerabilidade OpenSSL TLS DTLS Heartbeat Information Disclosure e pela execução remota de código do MVPower DVR – impactando 34 % e 33% das organizações em todo o mundo, respectivamente.

Injeção de SQL (várias técnicas) – Inserir uma injeção de consulta SQL na entrada do cliente para o aplicativo, enquanto explora uma vulnerabilidade de segurança no software de um aplicativo.

↑ OpenSSL TLS DTLS Heartbeat Information Disclosure (CVE-2014-0160; CVE-2014-0346) – Uma vulnerabilidade que divulga informações que se encontram no OpenSSL devido a um erro enquanto opera com os TLS/DTLS heartbeat packets. Um atacante pode utilizar esta vulnerabilidade para divulgar conteúdos que se encontram em memória num cliente conectado ou servidor.

Execução remota de código do MVPower DVR – Existe uma vulnerabilidade de execução remota de código nos dispositivos MVPower DVR. Um atacante remoto pode explorar essa fraqueza para executar código arbitrário no roteador afetado por meio de uma solicitação criada.
Malwares mais procurados no Brasil

Malware Impacto Global Impacto no Brasil
Emotet 9% 13.28%
XMRig 6.90% 11.56%
Formbook 5.03% 8.67%
Trickbot 6.20% 4.52%
Vidar 2.49% 3.52%
Seamless 0.43% 3.34%
NJRat 0.78% 2.71%
Glupteba 1.90% 2.26%
Jsecoin 0.70% 2.17%

 

O Índice de Impacto Global de Ameaças da Check Point e seu Mapa ThreatCloud são baseados na inteligência ThreatCloud da Check Point, a maior rede colaborativa para combater o cibercrime que fornece dados de ameaças e tendências de ataques de uma rede global de sensores de ameaças. O banco de dados ThreatCloud possui mais de 250 milhões de endereços analisados para descoberta de bots, mais de 11 milhões de assinaturas de malware e mais de 5,5 milhões de sites infectados e identifica milhões de tipos de malware diariamente.

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