Concebendo um mundo além das senhas

Para Alessandro Rabelo, diretor de Produtos da Visa do Brasil, evolução dos smartphones e câmeras permite substituir modo de desbloqueio e acesso com biometria, seja digital, voz ou reconhecimento de face

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A tecnologia resolveu uma série de pequenas frustrações cotidianas – do envio de boletos digitais até a espera por um táxi. Então, por que ainda nos vemos às voltas com senhas mirabolantes, fáceis de serem esquecidas ou digitadas erroneamente e vulneráveis a roubos?

 

Com a biometria, tudo isso está mudando. O uso das características únicas e mensuráveis de cada ser humano resulta em novas ferramentas que possibilitam uma autenticação segura, precisa e conveniente. E isso está tornando cada vez mais possível a existência de um mundo sem senhas.

 

Eliminando as senhas da equação

 

A proliferação de dispositivos móveis sofisticados, equipados com leitores de impressão digital e câmeras de alta qualidade, impulsionou o uso da biometria. Milhões de consumidores já usam a biometria para fazer pagamentos com uma carteira móvel ou acessar um aplicativo bancário móvel. Mas, ainda que o uso de um leitor de impressão digital ou de íris seja mais seguro, esses dispositivos ainda têm uma fragilidade: a opção de evitar o uso de biometria mediante a inserção de uma senha ou código PIN.

 

Hoje, a opção de utilizar uma senha para burlar o uso de biometria é uma funcionalidade de design necessária. O leitor de impressão digital pode não funcionar se o dedo estiver molhado; o reconhecimento facial pode falhar em ambientes de muita ou pouca luz; e a detecção de voz não funciona bem em locais barulhentos, como uma plataforma do metrô. Nesses cenários, os usuários precisam de um método alternativo para acessar sua conta. Assim, para realmente dizermos adeus à senha, precisamos de um método secundário melhor.

 

A Visa fez uma parceria com a BioConnect, provedora de plataformas de identificação biométrica, para demonstrar uma experiência de autenticação que dispensa o uso de senhas e funciona igualmente em muitos dispositivos e sistemas operacionais. Um aplicativo que opera com múltiplas tecnologias biométricas pode solicitar o uso de outro tipo de biometria quando o método padrão não funcionar. O que isso significa, na prática? Imagine que você tenha acabado de sair da academia e queira consultar seu saldo no aplicativo móvel de seu banco, enquanto volta para casa. Porém, como seus dedos ainda estão suados, o sensor de impressão digital não consegue ler a informação corretamente. O que fazer? Com a tecnologia Visa/BioConnect, apresentada no palco principal da edição deste ano da Money20/20, você pode usar outros tipos de biometria, como falar ao microfone para fazer uma autenticação via voz – uma alternativa conveniente e que dispensa o uso do teclado e a inserção de um código alfanumérico complexo. Quando um aplicativo aceita vários tipos de biometria, abre espaço para que as senhas se tornem algo do passado.

 

Agora, imagine que seu celular tenha caído e quebrado, ou que você queira comprar um novo modelo ou mudar o tipo de dispositivo. Comprar um novo gadget é muito gostoso. Mas reinserir manualmente todas as informações de pagamento e dados de login para poder usar o novo gadget é uma chatice. A parceria Visa/BioConnect introduz uma alternativa elegante que permite, por exemplo, que você ative o aplicativo bancário móvel que acabou de baixar para verificar e autenticar sua identidade usando um dado biométrico já cadastrado. Como a tecnologia funciona igualmente em diferentes dispositivos, você consegue iniciar uma sessão usando a biometria para obter acesso aos seus dados – sem usar o teclado, inserir senha ou fazer qualquer configuração. Tudo isso, logo depois de tirar o novo dispositivo da caixa.

 

Biometria para todos, em todos os lugares

 

Viabilizar o uso de uma ampla gama de tecnologias de autenticação é uma extensão da estratégia macro da Visa: tornar os pagamentos mais seguros e convenientes para todos, em todos os lugares. Isso significa levar em conta as preferências singulares, hábitos e atitudes culturais de nossos bilhões de portadores de cartão no mundo. Significa equacionar as necessidades e capacidades de nossos stakeholders em diferentes mercados, e oferecer soluções flexíveis para diferentes contextos. Em resumo, não existe uma solução global única, e é por isso que a Visa não está optando por uma solução ou implementação apenas. Pelo contrário, estamos trabalhando para viabilizar uma grande variedade de tecnologias a fim de atender as diferentes necessidades dos clientes e portadores de cartão da Visa mundo afora.

 

* Alessandro Rabelo é diretor de Produtos da Visa do Brasil

 

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