Por Alexandre Finelli
Questionado se um dia a nuvem seria tão segura quanto o ambiente físico, Mark Hurd, CEO da Oracle, ironizou: “Vou me certificar para que não seja tão ruim quanto”. O executivo abriu o Oracle Open World Latin America, que ocorre nesta semana em São Paulo, reforçando o posicionamento da empresa no mercado de computação em nuvem. “O cloud cresce em larga escala e a Segurança da Informação não é mais um obstáculo para adoção.”
Hurd disse inúmeras vezes que a nuvem é mais segura se comparada às tecnologias on premise pois, segundo ele, elas contam com diversos recursos não integrados, pouco complementares e muito complexos. Esse conjunto de fatores torna o trabalho do CSO ineficiente e o ambiente consequentemente mais vulnerável.
Outra vez questionado sobre a dificuldade de adoção do cloud aqui no País e em outros países menos desenvolvidos, Hurd disse que a melhor maneira de convencê-los é mostrando os fatos. “As organizações criam sistemas de proteção muito complexos, mas as coisas tendem a mudar de agora em diante. Na Europa, até três anos atrás, essa era uma pergunta que sempre nos rondava até se tornar um movimento natural das companhias”, explicou.
O CEO destacou ainda a dificuldade das empresas em fazer as configurações adequadas e a demora para atualizar os sistemas de segurança. “Cerca de 74% das companhias hoje levam, em média, três meses para aplicar um patch. E quase 100% dos exploits de 2014 tinham algum patch disponível há mais de um ano”, pontuou. Por conta disso, ele aposta que a nuvem irá se tornar mais protegida pela facilidade de atualização (automática e instantânea) e de ter todos os sistemas integrados em uma única plataforma de gerenciamento.
Na visão de Cyro Diehl, vice-presidente de Customer Experience Latam da Oracle, havia apenas dois empecilhos barrando a migração para o cloud: integração e segurança. “E é surpreendente a velocidade com que essas pendências foram resolvidas”, concluiu o executivo.