A Inteligência Artificial Generativa segue reverberando como principal tendência em 2024, tanto na TI quanto na Cibersegurança. Segundo levantamento da IBM, 84% dos boards no mundo darão prioridade para contratação de soluções de Cyber Security com a tecnologia já embarcada. Na visão da companhia, esse cenário evidencia a necessidade de os líderes do setor abraçarem esse recurso o mais breve possível.
De acordo com Fábio Mucci, Líder de Segurança da IBM Brasil, é necessário que o CISO se aproprie da IA Generativa, uma vez que os usos nocivos da tecnologia são detectados de diversas formas. Em um ano pautado especialmente pelos riscos da desinformação e a necessidade de gerir grandes volumes de dados, o executivo sugere relacionar a proteção da IA com o seu uso na Segurança.
“É preciso valorizar o tratamento ético da tecnologia, principalmente para cooperar na proteção dos ecossistemas, tornando essa tarefa mais rápida e eficiente”, destaca Mucci, em Mesa Redonda aberta à imprensa realizada hoje (18). O Líder de Serviços em Cibersegurança da IBM América Latina, Marcos Chaves, aponta também que o mercado está próximo de atingir uma maturidade mais robusta na aplicação da IA em ações proativas de Segurança da Informação, inaugurando trilhas de uso além da detecção e resposta.
“Através da capacidade de interpretar dados e simular cenários, a IA Generativa se tornará efetivamente o copiloto dos profissionais de Cyber”, arremata Chaves. Segundo o executivo, os clientes IBM estão avançando na inclusão da inteligência de máquina em seus ambientes digitais, o próximo passo é entender como preparar o ecossistema que gira em torno dessa tecnologia a fim de garantir segurança da própria ferramenta.
Regulamentação X inovação
Os especialistas da IBM também trataram dos avanços da regulamentação da IA no Brasil e no mundo. De acordo com Mucci, esse é um movimento apoiado pela organização, que tem buscado se envolver nas discussões em favor de encontrar um meio-termo entre a governança da IA e a liberdade de inovar. Para isso, estabelecer políticas sérias de controle é o melhor caminho.
Mucci ressaltou, por exemplo, os trabalhos para a formação do Conselho Nacional de Cibersegurança (CNCiber), em que um dos temas principais a ser abordado será o controle ético da IA aplicada na Cibersegurança. Na visão dele, há uma grande preocupação do governo brasileiro sobre o tema, abrindo espaços importantes de diálogo com a iniciativa privada.
“Temos investido em uma participação ativa dessas discussões com o setor de Government Affairs da empresa, mas nosso objetivo é entender como levar esse diálogo ao mundo corporativo, traçando da melhor forma o limite entre regulação e evolução. No fim, estabelecer essa forma de se relacionar com a IA será benéfico ao poder público e à iniciativa privada”, encerra o executivo.