Cisco aposta na proteção de nuvem com novas usabilidades da IA

Durante encontro com jornalistas no Cisco Engage Brasil 2024, a empresa tratou dos próximos passos de diálogo com o setor de SI, buscando oferecer novas soluções que embarquem as tecnologias emergentes nas estratégias defensivas. Para executivos da companhia, a IA não é apenas uma força para o bem, mas também uma ferramenta usada pelo cibercrime, permitindo que cibercriminosos promovam engenharia reversa de patches e criem ameaças em tempo recorde

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Durante o Cisco Engage Brasil 2024, realizado nesta quinta-feira (18), em São Paulo, a companhia tratou da sua estratégia de mercado para a Cibersegurança, com vistas a responder as crescentes demandas que a revolução da IA colocou na infraestrutura de TI. Segundo as lideranças da vendor, o objetivo dos próximos meses é reestruturar como os clientes aproveitam a tecnologia emergente em Cyber outras posições de trabalho no setor de TI, visando otimizar tarefas e fortalecer a proteção interna.

 

De acordo com Ghassan Dreibi, Diretor de Cibersegurança da Cisco América Latina, o mercado de Segurança da Informação ainda enfrenta desafios antigos para conseguir se manter à par das novas tendências de mercado. Segundo Dreibi, diante desse e de outros obstáculos, a nova tecnologia é considerada uma das inovações de Segurança mais significativas para a história da Cisco.

 

“O cliente quer garantir uma alta performance e isso tem ficado cada vez fica mais evidente. E esse lançamento é específico e criado especificamente para o controle distribuído, facilidade de orquestração de data centers e especialmente, para o controle de tráfego”, comenta o executivo em coletiva de imprensa com jornalistas durante o Engage Brasil 2024.

 

Com esse objetivo, a Cisco anunciou o lançamento do Cisco Hypershield, ferramenta com uma abordagem considerada radicalmente nova para proteger Data Centers e Nuvens, visando responder a essas demandas. Através desta inovação, a Cisco busca colaborar mais com os defensores, aproveitando os seus recentes anúncios para acelerar a infraestrutura de IA com o portfólio de switching Ethernet, silicon e computação.

 

Na avaliação de Frank Dickson, Vice-presidente do grupo de segurança e confiança da IDC, a Inteligência Artificial não é apenas uma força para o bem, mas também uma ferramenta usada para fins nefastos, permitindo que hackers façam engenharia reversa de patches e criem ameaças em tempo recorde.

 

“Com o número de vulnerabilidades cada vez maior e o tempo para os invasores explorá-las em escala reduzida, fica claro que a correção por si só não consegue acompanhar o ritmo. Ferramentas como o Hypershield são necessárias para combater um adversário cibernético malicioso mais inteligente com a IA”, completa Dickson.

 

A aplicação da segurança com o Hypershield acontece nas camadas de software, máquinas virtuais, servidores e dispositivos de rede, aproveitando os mesmos aceleradores poderosos de hardware amplamente usados na computação de alto desempenho e nas nuvens públicas de hyperscale.

 

A ferramenta foi baseada em três pilares principais. Sendo nativo da AI, ele foi construído e projetado desde o início para ser autônomo e preditivo, gerenciando a si assim que ganha confiança, permitindo uma abordagem hiper distribuída em escala.

 

Além disso, o Hypershield é baseado no eBPF de código aberto, o mecanismo padrão para conectar e proteger cargas de trabalho nativas da nuvem hyperscale. A ideia é correlacionar essa pensada com a recém-aquisição da Cisco – a Isovalent – com a possibilidade de fornecimento de eBPF.

 

A Cisco também pretende redefinir a segurança de rede tradicional, incorporando controles avançados em servidores e na própria estrutura da rede. O Hypershield abrange todas as nuvens e aproveita a aceleração de hardware, como unidades de processamento de dados (DPU, em inglês), para analisar e responder a anomalias no comportamento de aplicativos e redes. Ele aproxima a segurança das cargas de trabalho que precisam de proteção.

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