Cibercrime utiliza nome da Febraban para aplicar golpes e roubar dados

A Federação informa que não contata pessoas físicas ou jurídicas por SMS, ligação telefônica, carta, e-mail, WhatsApp ou quaisquer redes sociais para realização de operações financeiras e nem cobra taxas para liberar empréstimos

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A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) alerta que criminosos estão usando o nome da entidade para aplicar golpes na população.  As abordagens são usadas para trazer maior credibilidade para o crime e usam técnicas de engenharia social, que consistem na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais ou faça transações em favor das quadrilhas.

 

A Febraban esclarece que a entidade é uma associação civil sem fins lucrativos que reúne instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário.

 

“A Febraban não contata pessoas físicas ou jurídicas por SMS, ligação telefônica, carta, e-mail, WhatsApp ou quaisquer redes sociais, para realização de procedimentos de segurança ou para a efetivação de operações financeiras. Trata-se de modalidade de golpe”, alerta Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.

 

Uma das abordagens usadas é o golpe do falso empréstimo. Bandidos criam páginas falsas na internet, se passam por falsas instituições financeiras e oferecem crédito com condições muito vantajosas para o consumidor, na maioria dos casos, prometendo liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados.

 

Quando o interessado preenche o cadastro nestes sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato. Para que o falso empréstimo seja liberado, os golpistas pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal no mercado e usam o nome da Febraban, dizendo que a taxa é cobrada ou exigida pela Federação.

 

“Não existe nenhum empréstimo em que a pessoa tenha que fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. Este tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para isso”, alerta Walter Faria.

 

Outra abordagem é mandar mensagens de SMS informando sobre uma transação suspeita de valor alto em uma compra no varejo, solicitando que o cliente entre em contato com uma suposta central de atendimento para esclarecer a questão.

 

No texto da mensagem aparece um número 0800, que supostamente seria uma central telefônica da Febraban. Também fazem gravações telefônicas, dizendo que uma transação está em análise e que para resolver o assunto, o consumidor deve fazer uma operação para regularizar o problema. Também podem pedir dados pessoais, como número de conta e senha, para cancelar uma suposta operação.

 

A Febraban informa que os bancos nunca ligam para clientes e pedem dados como senhas, token e outros dados pessoais em ligações telefônicas. Também não pedem para que clientes façam transferências Pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta. Os bancos não pedem para o cliente fazer um estorno de transação por meio de um telefonema.

 

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