“Cibercrime é um negócio em expansão e seus produtos são os dados vazados”, afirma CEO da Veeam

Durante o keynote de abertura do VeeamOn de 2025, o CEO da companhia, Anand Eswaran, apontou para diversas transformações que o cibercrime global atravessou ao longo dos últimos meses, com agentes fortalecidos por IA mirando diretamente o vazamento de dados. Nesse sentido, o executivo reforça a necessidade de transformar os padrões atuais de resiliência a partir das novas tecnologias presentes no mercado

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A Veeam iniciou seu evento global hoje (22), na cidade de San Diego, Califórnia, com o keynote de abertura do Chief Executive Officer da companhia, Anand Eswaran. Durante a apresentação, o executivo reafirmou as transformações sentidas pelos líderes de Segurança relacionadas ao cibercrime global, que agora migra para um foco maior na exfiltração dos dados, com organizações mais otimizadas e especializadas no uso de novas tecnologias.

 

O executivo explica que, conforme a geração de novas informações se transformou com o tempo, também mudaram as formas de atacar a integridade delas, de sorte que os modelos convencionais de encriptação e armazenamento em backup já não são suficientes. Além disso, a chegada de recursos inovadores, como Inteligência Artificial e Computação Quântica, tendem a tornar esse cenário ainda mais desafiador.

 

“O Cibercrime se tornou um negócio em franca expansão, com modalidades específicas para cada necessidade dos ‘clientes’. As empresas estão enfrentando ataques patrocinados, vazamentos nas cadeias de suprimentos, atacantes com orçamentos corporativos e zero consciência sobre o impacto na vida das pessoas. Mas no futuro, podemos esperar novos problemas vindos de deepfakes, malwares autônomos e ameaças quânticas”, alerta Eswaran.

 

Nesse sentido, o atual ambiente de ameaças cibernéticas passou a ser orientado por grupos mais enxutos de agentes de ameaça, porém mais especializados em explorar vulnerabilidades em aplicações e ferramentas específicas de trabalho. Conforme aponta Bill Siegel, CEO da Coveware, o foco dos cibercriminosos é construir um acesso indevido, monitorar e vazar toda a possibilidade de dados internos antes de avançar na aplicação de um ransomware.

 

Essa mudança de comportamento reforça o cenário de que as estruturas pré-estabelecidas para a Segurança já não são suficientes, de sorte que é preciso investir cada vez mais em operações proativas – incluindo redundância e proteção de backup – e durante a resposta a um incidente. Esses trabalhos estratégicos exigem a formação de uma inteligência de ameaças mais robusta, que considere contextos e comportamentos dos próprios usuários no ambiente.

 

“Um dos piores erros de uma companhia é a complacência: muitas vezes se constrói uma estrutura de Segurança eficiente para aquele, e a organização acredita que isso a manterá segura pelos próximos anos. Porém, as transformações tecnológicas devem nos alertar sempre de que algo novo pode acontecer, e apenas ações proativas de resiliência podem nos preparar para essas incertezas”, disse o executivo.

 

Inovações no centro da estratégia

Para enfrentar esse cenário de ameaça, os executivos explicam que a Veeam tem como objetivo estratégico para os próximos meses reforçar os planejamentos de resiliência cibernética de seus parceiros, auxiliando-os não apenas a estabelecer novos padrões de maturidade, mas também ajudá-los a se preparar para as transformações tecnológicas esperadas para o futuro.

 

“Os atacantes se tornaram mais eficientes e mais rápidos, especialmente por meio da IA e da cooperação dentro desse mercado. Um contexto crescentemente deflagrado como esse pode ameaçar qualquer companhia, independentemente do tamanho dela. Por isso, estamos no momento de nos apropriarmos dessas novas tecnologias e torná-las parte das nossas ações de resiliência”, conclui Eswaran.

 

*Matheus Bracco viajou para San Diego a convite da Veeam

 

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