No primeiro semestre do ano, houve em todo o mundo 47 ataques DDoS superiores a 300Gbps contra apenas sete durante o mesmo período em 2017. A região Ásia-Pacífico foi a mais visada com 35 ataques superiores a 300Gbps contra apenas cinco durante o mesmo período de 2017. As informações são do Relatório de Inteligência de Ameaças da NETSCOUT. Em nota, a fabricante afirma ter mitigado o maior ataque de DDoS já registrado, de 1,7 Tbps.
O levantamento descreve ainda as últimas tendências e atividades relativas às ameaças cibernéticas, desde a ação de grupos de ameaças persistentes avançadas (APT) ligados a estados-nação até operações de crimeware e campanhas de ataque de negação de serviço (DDoS – Distributed Denial of Service).
O estudo aponta que atividades patrocinadas por Estados se desenvolveram a ponto de descobrirem-se regularmente campanhas patrocinadas por um grupo crescente de nações. Os envolvidos que lançam essas ações também estão usando intrusões na escala da internet, como NotPetya, CCleaner, VPNFilter para campanhas direcionadas e altamente seletivas.
Inspirados no ataque WannaCry, de 2017, os principais grupos voltados ao crimeware estão adotando métodos de autopropagação que permitem ao malware espalhar-se de maneira mais rápida e fácil. Eles também estão intensificando o foco na mineração por criptomoeda.
As informações foram coletadas por meio do sistemas ATLAS, um projeto colaborativo reunindo centenas de clientes provedores de serviços, que concordaram em compartilhar dados de tráfego anonimizados equivalentes a aproximadamente um terço de todo o tráfego da internet.