A Prefeitura da cidade de Monte Sião, em Minas Gerais, confirmou em nota divulgada hoje (01) em suas mídias sociais, que foi alvo de um ataque cibernético focado na invasão de contas bancárias mantidas na Caixa Econômica Federal. O poder executivo não deu detalhes da quantia subtraída das contas, nem se outros ambientes internos foram afetados pelo ataque.
O comunicado explica que a ocorrência foi prontamente denunciada ao suporte do banco público com vistas à contestação administrativa das transferências criminosas. A Polícia Militar mineira e a Polícia Federal também foram acionadas para apuração criminal, rastreamento de transações bancárias e identificação dos ciberatacantes.
“Imediatamente, foram adotadas medidas de Segurança, incluindo o bloqueio de contas comprometidas, alteração de senhas de acesso, substituição de discos rígidos dos computadores e demais protocolos de proteção dos sistemas municipais. Paralelamente, foi instaurado procedimento administrativo de sindicância para apuração de condutas e responsabilidades”, acrescenta a mensagem assinada pela gestão executiva.
A mensagem alerta ainda que uma equipe conjunta da Advocacia Geral e da Secretaria de Finanças de Monte Sião, juntamente com o Prefeito do município, Maurício Zucato Júnior estiveram na sede da PF visando contribuir com as diligências e investigações em curso.
O Chefe de Governo, Planejamento e Gestão do município, Roberto Talarico, informou ao jornal Estado de Minas que o incidente foi identificado ainda no início da semana. Desde então, a equipe técnica local vem realizando um levantamento cruzado de informações junto à Caixa para prestar esclarecimentos mais precisos à população.
Ainda de acordo com a administração local, é possível que alguns serviços municipais relacionados aos sistemas financeiros públicos podem enfrentar interrupções temporárias no funcionamento. Além disso, podem ser necessários remanejamento de recursos devido ao prejuízo e ainda há potencial risco de vazamento de dados dos servidores e cidadãos.
A proposta, entretanto, é que nenhum outro departamento da prefeitura seja afetado na entrega de soluções ao cidadão, e da mesma forma, nenhum servidor será penalizado em função da paralisação. “Podemos tranquilizar a população de que todas as medidas estão sendo tomadas para que o contribuinte não seja afetado”, disse Talarico.
O caso envolvendo Monte Sião é o 19º incidente envolvendo prefeituras pelo Brasil em 2025, mostrando que esta esfera de governo segue como um dos mais vulneráveis a ciberataques. O caso mais recente atingiu a prefeitura de São José, em Santa Catarina, quando um grupo de agentes de ameaça responsáveis por comprometer acessos de servidores públicos da Prefeitura foi desbaratado pelo CyberGAECO do estado. Essa invasão também resultou no desvio de recursos públicos do poder executivo local.
A Security Report divulga, na íntegra, nota publicada pela Prefeitura de Monte Sião:
“Na tarde de segunda-feira, 29 de setembro, a Prefeitura Municipal de Monte Sião foi vítima de uma invasão bancária por ataque cibernético, de onde foram transferidos ilicitamente valores dos cofres públicos municipais.
Tão logo a Prefeitura tomou conhecimento, entrou em contato com o suporte da Caixa Econômica Federal para contestação administrativa dessas transferências e recuperação dos valores. Além disso, também foram reportados os fatos à Polícia Militar e à Polícia Federal para apuração criminal, rastreamento das transações bancárias e identificação dos criminosos.
Imediatamente, foram adotadas medidas de Segurança, incluindo o bloqueio de contas comprometidas, alteração de senhas de acesso, substituição de discos rígidos dos computadores e demais protocolos de proteção dos sistemas municipais. Paralelamente, foi instaurado procedimento administrativo de sindicância para apuração de condutas e responsabilidades.
Na data de ontem, terça-feira, 30 de setembro, uma equipe da Advocacia Geral do Município e da Secretaria de Finanças, juntamento com o Prefeito, estiveram na sede da Polícia Federal para contribuir com as diligências e investigações.
Este é o informe oficial disponível até o momento.”
*Com informações do jornal Estado de Minas