O FBI segue na investigação de um incidente cibernético em parte de sua rede de computadores. A ocorrência é mais um capítulo de uma série de ataques que tem movimentado a luta dos poderes públicos contra o cibercrime. Em sua responsabilidade de monitorar e reprimir infrações nos ambientes digitais, autoridades e governos também se tornam alvos das atividades criminosas no ciberespaço.
Segundo informou a CNN norte-americana na semana passada, fontes ligadas à instituição disseram que o evento envolveu a parte da rede instalada no Escritório de Campo em Nova York, ressaltado pelo jornal como o mais importante departamento regional do Bureau. Os oficiais do FBI acreditam que o incidente mirou computadores usados em investigação de imagens de exploração sexual infantil. A data da invasão não foi informada.
“O FBI está ciente do ocorrido e vem trabalhando para conseguir informações adicionais. Foi um incidente isolado que já foi contido. Por se tratar de uma investigação em andamento, o FBI não tem mais comentários a oferecer nesse momento”, afirmou a instituição por meio de nota à CNN.
O Vice-Presidente de Vendas da Lumu Technologies para LATAM, Germán Patiño, afirmou que a empresa tem observado o avanço dos cibercriminosos e como os ataques estão cada vez mais focados em causar perturbação e caos na sociedade. Segundo ele, esta é a razão por trás da crescente tendência de ataques contra organizações governamentais, serviços públicos e de saúde.
“Além do efeito perturbador e caótico, detectamos que os invasores buscam ter acesso às informações manipuladas pelas organizações vítimas, pois isso permite a eles comercializarem em fóruns da DarkWeb e entre grupos de cibercriminosos. Não sabemos a motivação por trás desse incidente em particular ao FBI, mas geralmente tem o intuito de causar esses danos ou, na maioria das vezes, de monetizar com pedidos de resgate pelos dados”, disse Patiño em entrevista para a Security Report.
O Vice Presidente ainda supõe que os cibercriminosos tenham encontrado uma boa oportunidade para aplicar o suposto ataque, como fizeram também em 2020 com um incidente de espionagem, e em 2015, quando foi possível comprometer sistemas do Escritório de Gestão de Pessoal dos Estados Unidos (Office of Personnel Management – OPM).
Para contarem com melhores condições de vencer essas crises, as entidades governamentais devem garantir que possuem estratégias modernas de cibersegurança, especialmente quando são um dos principais alvos dos invasores. “Para isso, é importante implementar uma prática de medição contínua de comprometimentos para identificar com rapidez e precisão a presença de adversários dentro da rede”, conclui Patiño.
*Com informações da CNN