Após ação da PF, MPDFT pede busca e apreensão contra hackers que atacaram o TSE

Neste sábado (28), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra os suspeitos - 3 brasileiros e um 1 hacker português. Ministério Público segue acompanhando o caso e apreende CDs, DVDs, pendrives, HDs, tablets e smartphones para investigação

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As ações cibercriminosas contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o primeiro turno das eleições municipais, em 15 de novembro, seguem com bons desdobramentos. Neste sábado (28), a Polícia Federal deflagrou uma operação contra os suspeitos. As investigações levaram aos três brasileiros, que vivem em São Paulo e Minas Gerais, e a um cidadão português.

 

Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Portugal e no Brasil, além de medidas cautelares de proibição de contato entre os investigados brasileiros. O hacker português já cumpria prisão domiciliar em seu país de origem pela prática de crimes cibernéticos.

 

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) segue acompanhando o caso e fez um pedido de busca e apreensão e medidas cautelares contra hackers que atacaram o TSE. O pedido foi concedido pela 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal e, na operação, foram apreendidos CDs, DVDs, pendrives, HDs, tablets e smartphones.

 

No inquérito, a Polícia Federal identificou a prática de, pelo menos, cinco crimes: 1) promover desordem que prejudique os trabalhos eleitorais; 2) desenvolver ou introduzir programa de computador capaz de provocar resultado diverso do esperado em sistema usado pelo serviço eleitoral; 3) destruir, suprimir ou ocultar documentos relativos à eleição; 4) obtenção de informações sigilosas por meio de invasão a dispositivo de informática; e 5) associação criminosa.

 

O objetivo dos criminosos era causar instabilidade no processo eleitoral. Entretanto, o promotor de Justiça Eleitoral Clayton Germano, “não foram identificados quaisquer elementos que possam ter prejudicado a apuração, a segurança ou a integridade dos resultados da votação”.

 

No segundo turno das eleições, realizado ontem (30), o presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, afirmou que não houve nenhum ciberataque bem-sucedido contra o sistema eleitoral do Brasil e nem contra os ambientes do TSE. Mas lembrou que o órgão foi alvo de ações no primeiro turno.

 

“Sofremos um ataque com um vazamento de informações irrelevantes sobre funcionários do TSE e uma tentativa de derrubada do sistema com mais de 436 mil acessos por segundo, que é um esforço de ataque DDoS”, afirmou Barroso.

 

Comitê de Segurança Cibernética

 

Após a onda de ciberataques aos órgãos do governo, o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Fux, criou no dia 10 de novembro um Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário e estabeleceu prazos para que sejam apresentadas medidas para evitar novos crimes virtuais contra os sistemas judiciais.

 

Durante a abertura da primeira reunião do Comitê, Fux destacou a importância do aprimoramento da Segurança dos sistemas, principalmente diante do objetivo declarado do CNJ de tornar os tribunais 100% digitais num futuro próximo.

 

“Os avanços têm o seu preço e verificamos que precisamos nos aprimorar nessa área da tecnologia. Diante de todos os incidentes que ocorreram, nós estamos aqui tentando nos aperfeiçoar”, completou Luiz Fux.

 

*Com informações da Agência Brasil

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