Antivírus se reinventa e vendas crescem 30%

Avanço de ciberameaças traz cada vez mais desafios para a ferramenta, que agora é integrada com soluções adaptativas e possui recursos de machine learning e deep learning; para especialista, a tecnologia ainda é indispensável numa estratégia de segurança

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Considerado por muitos como uma proteção única e infalível até os anos 2.000 e, diferente do que afirmou John McAfee alguns anos atrás (de que o “antivírus estava morto”), a solução não apenas resistiu ao passar dos anos como vem apresentando crescimento em suas vendas globais. A razão para isso pode ser a forma como a ferramenta se reinventou, oferecendo recursos de machine learning e deep learning.

 

Segundo uma pesquisa da Securisoft, parceira da Bitdefender no Brasil, a maior parte das revendas brasileiras de antivírus cresceu mais de 30% em 2017. O movimento é semelhante em todo o mundo, impulsionado pela maior demanda de itens de segurança.

 

De acordo com Florin Baras, diretor Global de Canais da Bitdefender, o antivírus ainda é uma ferramenta indispensável diante da multiplicação de ataques, tanto em sua quantidade quanto no nível técnico dos cibercriminosos.

 

“É claro que nenhuma solução dá conta sozinha das demandas de proteção, até porque, a cada minuto surgem novos aplicativos contendo vulnerabilidades, bem como novas variantes de ameaças conhecidas. Assim, o antivírus deve vir articulado com outros itens estratégicos”, afirma Baras.

 

O avanço das ciberameaças traz cada vez mais desafios para o setor de Segurança, o qual precisa se posicionar sempre um passo à frente dos hackers. Desde o ano passado é possível deparar-se com variantes de ransomware que utilizam técnica de ofuscação de código e buscam se parecer com processos normais dos dispositivos.

 

“É preciso ter uma abordagem unificada e atualizada de segurança. Devemos oferecer soluções adaptativas que incluam recursos de aprendizagem de máquina e deep learning, que também se aperfeiçoam automaticamente”, revela o executivo.

 

Para ele, a parte adaptativa é muito importante, uma vez que existem ataques específicos para cada plataforma e tipo de terminal, é preciso que o antivírus acompanhe as mudanças no ambiente de forma efetiva e em tempo hábil.

 

“Além disso, é preciso acompanhar a alta especialização dos ciberataques, tanto em relação àqueles que visam o lucro (ransomware, por exemplo), quanto aqueles que se aproveitam de vulnerabilidades de virtualização para infectar data centers e praticar crimes como a mineração de criptomoedas”, explica Baras. “Outros ataques visam o roubo de informações críticas e aí se inclui não apenas deter dados valiosos, mas o domínio sobre infraestruturas críticas”, completa.

 

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