Em relatório recém divulgado, a McAfee apontou que, embora novos malwares para dispositivos móveis apresentaram queda de 24%, no último trimestre de 2018, outras ameaças mais incomuns apareceram. Entre elas, um aplicativo fraudulento da Fortnite e um outro falso app de namoro.
De acordo com os pesquisadores da companhia, esse último aplicativo tinha como alvo os membros das Forças de Defesa de Israel, e permitia acesso a localização, à lista de contatos e à câmera dos dispositivos e era capaz de ouvir chamadas telefônicas.
“Os criminosos cibernéticos são extremamente oportunistas por natureza”, afirma John Fokker, chefe de investigações de crime cibernético da McAfee. “As ameaças cibernéticas que enfrentamos hoje em algum momento começaram como meras conversas em fóruns secretos que acabaram dando origem a produtos e serviços à venda em mercados clandestinos. Além disso, as grandes marcas que estão surgindo oferecem inúmeras vantagens aos criminosos cibernéticos, como maiores taxas de infecção e segurança operacional/financeira.”
Outro tipo de ameaça detectada pela McAfee foi o aumento de campanhas de spam, em que 53% do tráfego de redes de bots, no 3T18, foi originado pelo Gamut, a principal rede de bots de geração de spam, com a realização de chantagens online (sextorsão), que exige pagamentos para não revelar hábitos de navegação das vítimas.
“Os infratores virtuais fazem de tudo para se aproveitar de vulnerabilidades novas e antigas, e o número de serviços agora disponíveis em mercados clandestinos aumentou consideravelmente a eficácia de seus ataques”, afirma Christiaan Beek, cientista-líder da McAfee. “Enquanto as pessoas pagarem resgates de ransomware e ataques relativamente fáceis, como campanhas de phishing, os criminosos continuarão usando essas técnicas. Através do acompanhamento de novas tendências em mercados clandestinos e fóruns secretos, a comunidade de cibersegurança pode defender-se dos ataques atuais e prevenir ataques futuros.”
No Brasil, foi descoberta uma nova família de malwares chamada CamuBot, que tenta se camuflar como um módulo de segurança exigido pelas instituições financeira. Os criminosos cibernéticos brasileiros estão adaptando seus malwares para torná-los mais sofisticados e mais parecidos àqueles de outros continentes.