A Check Point alerta os usuários móveis sobre os riscos à segurança do QR Code (ou código de QR), visto que seu uso explodiu durante a pandemia da COVID-19 e, aqui no Brasil, com a recente liberação do meio de pagamento PIX (o qual autoriza pagamentos por meio de QR Code). Os estabelecimentos comerciais, como restaurantes, bares e cafés, preocupados em evitar a transmissão da doença adotaram o QR Code para que os clientes pudessem navegar pelos menus em seus dispositivos e também efetuarem pagamentos sem qualquer contato. A adoção deste aplicativo também foi ampla para gravar check-ins em locais por meio de aplicativos de rastreamento de contatos.
Assim, os cibercriminosos têm tirado proveito deste aplicativo substituindo os códigos de QR legítimos por um outro que abre uma URL maliciosa ou tenta baixar um malware personalizado quando verificado. Deste modo, o código malicioso tenta acessar as credenciais de login usadas para outros aplicativos no smartphone do usuário – como aplicativos bancários e de varejo – para tentar roubar dados de login ou configurar transações não autorizadas.
Em muitos casos, esses dispositivos armazenam aplicativos e dados pessoais e corporativos, colocando as organizações sob maior risco cibernético. O Relatório de Cibersegurança de 2020 da Check Point mostrou que 27% das organizações em todo o mundo foram afetadas por ciberataques envolvendo smartphones e 34% atingidas por malware móvel.
“Precisamos lembrar que um QR Code nada mais é do que uma maneira rápida e conveniente de acessar um recurso online, e não podemos ter certeza de que tal recurso é legítimo até que já tenhamos verificado o código, o que significa que um ataque já poderia ter começado”, diz Fernando De Falchi, gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Brasil. “Os códigos QR não são inerentemente seguros ou confiáveis, e os atacantes sabem que a maioria das pessoas tem pouca ou nenhuma segurança em seus smartphones, por isso recomendamos que todos usem uma solução de segurança para proteger seus dispositivos móveis e dados contra phishing, aplicativos falsos e malware.”