Acesso à IA por cibercriminosos amplia riscos de ataques contra a defesa nacional

Em audiência sobre segurança interna no Congresso dos EUA, Ajay Amlani, Presidente da iProov para as Américas, destacou as oportunidades de aproveitar o conhecimento e a experiência das empresas de tecnologia para a defesa nacional, o combate às ameaças cibernéticas e o papel construtivo da Inteligência Artificial

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Em audiência promovida pelo Comitê de Segurança Nacional, do Congresso dos EUA, em 22 de maio, a iProov apresentou a sua visão sobre o cibercrime no contexto da segurança dos Estados Unidos e reiterou o seu compromisso com o combater às ameças e ao enfrentamento dos riscos, além de destacar as oportunidades de colocar a Inteligência Artificial (IA) e o seu papel construtivo a serviço dessa luta.

 

Segundo Ajay Amlani, Presidente da iProov para as Américas, a Inteligência Artificial tem permitido aos agentes de ameaças atuarem de forma contundente, aumentando exponencialmente as suas capacidades a velocidade de ataque para causar novas fraudes e ataques cibernéticos contra o território nacional.

 

“A IA tem encurtado os ciclos de inovação e os agentes de ameaças já nem precisam ser tão especializados. Hoje, qualquer aspirante a cibercriminoso dispõe de ferramentas avançadas e fáceis de usar, capazes de alcançar resultados sofisticados. A dark web do crime como serviço é muito acessível”, avaliou o executivo. Nos últimos 20 anos, Amlani tem se dedicado ao desenvolvimento de soluções inovadoras para ajudar as organizações a garantirem a identidade das pessoas.

 

O alerta é corroborado por números de empresas ligadas ao setor. Uma pesquisa da iProov, por exemplo, revelou que, em 2023, os ataques deepfake, que usam tecnologia de troca de rosto, aumentaram 704%. Especializada em tecnologia biométrica, a iProov possui uma carteira de clientes que inclui governos e instituições financeiras globais que são assessoradas no combate ao cibercrime, aproveitando o lado construtivo e positivo da Inteligência Artificial.

 

“Por meio de soluções baseadas em ciência, verificamos se um indivíduo não é apenas a pessoa correta, mas também se é uma pessoa real. Nossa tecnologia é monitorada e aprimorada por uma equipe interna de cientistas especializados em visão computacional, aprendizagem profunda e outras tecnologias focadas em IA”, destacou Amlani. “Desse modo, conseguimos identificar, investigar e classificar em tempo real as novas ameaças, e propor melhorias tecnológicas contínuas. Esta combinação de especialistas humanos e tecnologia de IA é essencial para aproveitar as vantagens da Inteligência Artificial na defesa e segurança do território nacional”, detalhou o Presidente da iProov para as Américas.

 

Amlani enfatizou a importância de as tecnologias de segurança baseadas em IA serem inclusivas e respeitarem as regulações relacionadas à privacidade desde a concepção. No setor governamental dos EUA, destacou o trabalho que está sendo feito em termos de transparência e responsabilização, em questões de proteção da privacidade e limitações no uso de dados. Amlani também enfatizou o fato de o governo norte-americano ter utilizado a biometria em um número crescente de programas ao longo da última década para melhorar a eficiência operacional e a experiência de viajantes.

 

“Deepfakes e identidades sintéticas tornaram-se recentemente tão realistas que são imperceptíveis ao olho humano. Portanto, a verificação biométrica deve desempenhar um papel crítico na postura de segurança da nação”, disse o executivo da iProov, ao mesmo tempo que levantou a necessidade de o Congresso apoiar a criação de padrões mais úteis para sistemas e testes e o acesso aos melhores talentos visando o desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas, com a agilidade necessária para responder ao ambiente de ameaças em constante mudança.

 

Em relação à atuação das empresas de tecnologia, Ajay Amlani destacou a conveniência de alianças entre todos os atores interessados em vencer a batalha contra o crime cibernético. Ele citou, por exemplo, o Programa de Inovação do Vale do Silício (SVIP), do qual participam os melhores engenheiros dos EUA, e a importância de criar um banco de testes colaborativo para avaliar novas tecnologias.

 

“A iProov trabalhou com a área de Ciência & Tecnologia do Departamento de Segurança Interna dos EUA em todas as fases do SVIP e pode atestar, em primeira mão, o poderoso impacto que este programa poderia ter se for expandido para um grupo mais amplo de partes interessadas. Outro exemplo é o Centro de Testes Biométricos de Maryland, que poderia ser ampliado para aumentar as perspectivas de tecnologias biométricas trabalhando para enfrentar ameaças futuras”, afirmou Ajay Amlani, Presidente da iProov para as Américas.

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