A Palo Alto Networks apresentou hoje (22) os planos de desenvolvimento de novas gerações de tecnologias de Cibersegurança, a serem oferecidas nos próximos anos. Durante o evento Ignite on Tour – São Paulo, C-Levels apresentaram ao público os próximos passos para as tecnologias da empresa, focadas em uma “abordagem de plataforma”, no sentido de integração completa de todos os serviços oferecidos.
Esse novo avanço dos projetos da empresa responde à ideia de que o momento de consolidação de empresas fornecedoras de Cybersecurity está próximo. Isso é percebido pelas dinâmicas do mercado global e pelas necessidades dos clientes, agora mais interessados em trabalhar com soluções integradas.
“Ter 20 ou 30 ferramentas diferentes de Cyber e mostrar isso a uma junta de executivos não gera qualquer sensação de proteção. Por isso o Gartner informou ano passado que 75% das empresas buscam basear-se em apenas um parceiro de Segurança. Acreditamos ser o momento de mudanças na abordagem. Isso significa unificar o gerenciamento dessas soluções, formando um único painel”, disse Helmut Reisinger, CEO para EMEA e LATAM da Palo Alto Networks.
Pensando nessa mudança de perspectiva, a companhia projetou um rol de soluções de nova geração, incluindo serviços de SASE, Cloud Security e SecOps. A proposta é que todos eles estejam agora integrados com Inteligência Artificial capacitada para automatizar os processos essenciais da SI, além de desenvolver novos aprendizados através da análise de dados coletados.
“Nós queremos redefinir a Cibersegurança com conceitos aplicados de Next Generation Firewall, o que significa não precisar mais comprar um firewall de controle de acessos, a fim de garantir um sistema de detecção e prevenção de intrusos para bloquear ataques à rede”, explicou o System Engineer Vice President EMEA/LATAM, Thierry Karsenti.
Na visão do CSO para EMEA/LATAM, Haider Pasha, a grande vantagem da nova geração está justamente no uso da Inteligência Artificial para acelerar processos que demandariam muito mais esforço e tempo dos times de Segurança. Assim, segundo ele, a consolidação dos próximos anos é uma ideia inviável sem a IA e, por isso, a empresa busca se posicionar imediatamente nesse assunto.
“Temos falado sobre consolidação há muitos anos. O que mudou em 2023? Usarmos a IA como nossa base de trabalhos. Através disso podemos evitar algo em torno de 6 milhões de ameaças de zero day em um database. Nosso SOC tem uma margem de detecção de 10 segundos e de resposta de 1 minuto. Como fazemos isso? Usando a integração dos serviços e da alimentação da IA com dados como método base daquilo que fazemos”, explicou Pasha.
Oportunidade local
No caso do mercado brasileiro, a realidade não é diferente. Para Reisinger, o Brasil já demonstrou notável resiliência diante de desafios nos últimos anos. O avanço rápido da transformação digital no país faz surgir uma oportunidade única de as empresas trabalharem cada vez mais a defesa cibernética. Sendo um mercado que ainda começa a avançar, é possível aplicar desde o começo plataformas unificadas, com gerenciamento mais centralizado.
“Podemos notar um diferencial no Brasil em comparação à outras regiões como Europa e Oriente Médio, inclusive envolvendo os maiores riscos sentidos pelos CEOs nacionais: para 34% deles, o maior risco do negócio é a interrupção das atividades. Já 32% consideram o incidente cibernético como o maior perigo. Isso mostra que os líderes de negócios já percebem hoje o tamanho dos danos causados por crises de Cibersegurança”, disse o CEO.