O orçamento total dos bancos brasileiros destinado à tecnologia deverá atingir, neste ano, R$ 47,8 bilhões, um aumento de 13% em relação a 2024. É o que revela o 1º volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2025, realizada pela Deloitte. A pesquisa mostra que os bancos aumentaram seus investimentos em tecnologia em 58,4% nos últimos cinco anos.
A Cibersegurança segue como uma das principais prioridades da indústria financeira. Segundo a pesquisa, para garantir mais proteção tanto aos processos internos quanto às soluções oferecidas aos clientes, os bancos vêm reforçando a governança do tema: quase seis em cada dez deles (56%) têm especialistas em Cibersegurança nos conselhos de administração e 40% deles contam com a atuação conjunta dos times de Segurança com os squads de tecnologia. Esse movimento assegura que a segurança digital esteja incorporada desde a concepção até a entrega de novos produtos e serviços.
O cenário de disrupção gerado pela IA e pela GenAI também levará os bancos a fazerem aportes significativos em infraestrutura e soluções tecnológicas que melhorem a experiência de trabalho dos profissionais. A estimativa é que invistam R$ 1,4 bilhão neste ano. Também é esperado um aumento de 15% nos postos de trabalho da área de TI em 2025.
De acordo com a pesquisa, as instituições apontaram a redução de custos e o ganho de eficiência operacional (ambos com 74%) como os principais benefícios decorrentes da adoção da Inteligência Artificial. Além disso, a IA também se destaca no reforço à segurança de dados, a partir da identificação de potenciais riscos (63%) e no apoio à análise de dados (58%). Ainda, a tecnologia começa a ser fortemente aplicada na personalização dos serviços (47%) e na previsão de tendências e comportamentos (37%).
“O crescente investimento e aplicação de Inteligência Artificial nos negócios e operações dos bancos, um dos destaques desta edição da pesquisa, revela o aumento da demanda por experiências personalizadas, tema que está revolucionando o mercado financeiro e transformando a interação entre bancos e instituições”, afirma Carolina Sansão, diretora-adjunta de Inovação, Tecnologia e Cibersegurança da Febraban.
O movimento de migração para Cloud e sua relação com a IA revelam que a convergência entre tecnologias permite significativo avanço das empresas rumo à transformação tecnológica. Todos os domínios de negócio avaliados na pesquisa passaram por algum estágio de migração para a nuvem no último ano, em bancos com maiores níveis de maturidade em IA, sendo 100% em Open Banking/Finance e 67% em Pix.
Segundo o levantamento, em média, 11% dos profissionais dos bancos são da área de TI, sendo as equipes de desenvolvimento, analytics e BI, e infraestrutura as com maior quantidade de profissionais. Entre as profissões mais demandadas estão: desenvolvedores de software, especialistas de segurança da informação e cientistas de dados.
“Os robustos e contínuos investimentos dos bancos brasileiros em tecnologia mostram a importância do setor como impulsionador da inovação em nosso país. E são fundamentais para modernizar a infraestrutura das instituições, fortalecer a segurança cibernética e aumentar a eficiência operacional para que possamos oferecer serviços cada vez mais assertivos aos nossos clientes”, completa Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária.