47% das empresas têm ao menos mil arquivos críticos acessíveis a todos funcionários

Estudo revela ainda que 62% dos usuários finais têm acesso a dados da empresa a que provavelmente não deveriam ter e que 59% das empresas não contam com um modelo de permissionamento para restringir o acesso a dados sensíveis

Compartilhar:

Segundo a pesquisa da Varonis, 47% das empresas têm, no mínimo, 1.000 arquivos sensíveis abertos a todos os seus funcionários. Entre eles, 22% têm acesso a mais de 12 mil dados críticos expostos a todos os funcionários. Além disso, cerca de 24,4 milhões de pastas têm permissões únicas, aumentando a complexidade e tornando mais difícil a implementação de um modelo de privilégios mínimos e a conformidade com padrões da indústria.

 

O estudo mostrou um alto nível de exposição de arquivos corporativos e sensíveis em empresas de 12 países, incluindo uma média de 20% das pastas abertas a todos os funcionários em cada uma das empresas pesquisadas.

 

Segundo o relatório, 35% das 86,4 milhões de pastas presentes nos sistemas de uma empresa do setor de seguros estavam abertas a todos os funcionários. Além disso, 80% dos 245.575 arquivos sensíveis de uma instituição bancária estavam acessíveis a todos os funcionários. Outra instituição bancária tinha 11,6 milhões de pastas com permissões únicas, dificultando os esforços na redução do acesso a arquivos sensíveis.

 

Sem reduzir o acesso global de grupos de usuários, isolar arquivos sensíveis e descartar dados obsoletos – que estavam presentes em 71% das pastas, correspondendo a quase 2 petabytes de dados –, as empresas acabam expostas a violações de dados, ameaças internas e ataques de ransowmare críticos.

 

Um estudo recente do Instituto Ponemon, encomendado pela Varonis, revelou que 62% dos usuários finais dizem ter acesso a dados da empresa a que provavelmente não deveriam ter, e um estudo da Forrester Consulting, também patrocinado pela Varonis, mostrou que 59% das empresas não contam com um modelo de permissionamento para restringir o acesso a dados sensíveis.

 

“Durante as violações de dados, os arquivos são o principal alvo dos cibercriminosos porque carregam os ativos mais valiosos. Os dados geralmente estão vulneráveis ao mau uso pelos funcionários ou aos hackers que conseguem ultrapassar a proteção do perímetro”, explica o vice-presidente da Varonis para a América Latina, Carlos Rodrigues.

 

“Enquanto as organizações continuarem focando na sua defesa externa e na perseguição das ameaças, seus dados vão continuar sem nenhum monitoramento, acessíveis a todos e, consequentemente, vulneráveis”, afirma o executivo.
O Varonis Data Risk Report exibe os resultados de uma amostra aleatória de 80 risk assessments conduzidos em clientes e potenciais clientes entre os meses de janeiro e dezembro de 2016 em 33 indústrias em 12 países, incluindo empresas com 50 a mais de 10 mil funcionários. Leia o relatório completo aqui.

 

Conteúdos Relacionados

Security Report | Destaques

Cisco emite esclarecimento sobre suposto vazamento de dados

Publicações apontando um possível vazamento de dados anunciado em um fórum na Dark Web circularam durante essa semana. Em nota,...
Security Report | Destaques

Regulação da IA: CISOs e operadores do direito analisam Projeto de Lei

O Senado Federal aprovou a lei em plenário neste mês de dezembro, avançando com a possibilidade de estabelecer normas mais...
Security Report | Destaques

CISO no Board: o desafio de comunicar a linguagem da SI ao negócio

Como líderes de Cibersegurança podem ajustar seu discurso para estabelecer uma ponte efetiva com os conselheiros e influenciar decisões estratégicas
Security Report | Destaques

Unidas Aluguel de Carros identifica tentativa de invasão aos sistemas

Registros de que a companhia havia sido atacada por um ransomware começaram a circular nesta semana, quando grupos de monitoramento...