Operação da Polícia Civil desarticula organização cibercriminosa

Operação Krypteia cumpre mais de 20 mandados de prisão em estados do Sul e Sudeste contra grupo envolvido em estelionato, falsificação e cibercrimes

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Na quarta-feira (7), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos do Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCPE/DERCC), deflagrou a Operação Krypteia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ação pretende combater uma organização especializada em crimes em estelionatos, falsificação de documentos e cibercrimes como invasão de dispositivos.

 

De acordo com o comunicado oficial, o grupo invadia contas do GOV.BR e usava os dados para aplicar os golpes. A equipe da Polícia Civil, envolvida nas operações, cumpriu mais de 20 mandatos de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão em cidades espalhadas pelas regiões Sul e Sudeste. Segundo a nota, a  operação contou com o apoio das autoridades do Rio de Janeiro, de Santa Catarina, da Polícia Penal gaúcha e de demais órgãos especializados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

 

Investigação

A Secretaria compartilhou os detalhes da investigação, com início a partir de uma ocorrência da cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul. A vítima afirmou ter comprado um veículo com anúncio nas redes sociais, mas ao realizar o pagamento recebeu os documentos e foi informada pelo DETRAN de que o mesmo era produto de furto/roubo.

 

Segundo as autoridades, foi apurado na investigação  que o responsável por roubar os veículos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com ajuda de integrantes externos, entregava a outra parte do grupo responsável por realizar a clonagem e a falsificação dos sinais identificadores.

 

Após o veículo ser clonado, os criminosos fabricavam uma nova placa com dados a partir de engenharia social para invadir as contas do proprietário do automóvel original no GOV.BR e obter acesso à documentação veicular. A Polícia afirmou que os valores eram divulgados pela célula financeira da organização.

 

A Secretaria afirma que o líder do grupo está preso em uma penitenciária gaúcha, condenado a mais de 70 anos de reclusão. O indivíduo residia no Rio de Janeiro e utilizava engenharia social para invadir as contas do proprietário do veículo original no GOV.BR e obter acesso à documentação veicular.

 

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