Pesquisa realizada pela ACI aponta o Brasil como o país americano com comportamento mais arriscado no uso de cartões de débito, crédito e pré-pagos. Além disso, o Brasil foi colocado na segunda posição global entre os países com mais fraudes – atrás apenas do México. O estudo Global Consumer Card Fraud 2016, intitulado “De onde vêm as fraudes com cartões”, foi feito em 20 países, quatro deles nas Américas – Estados Unidos, Canadá, Brasil e México.
Segundo a pesquisa, realizada em parceria com o Aite Group, mais de um quarto dos consumidores brasileiros (27%) deixam seus smartphones desbloqueados quando não estão em uso e 23% jogam documentos e cartas com informações pessoais no lixo. Além disso, 22% acessam ao internet banking sem softwares de proteção ou a partir de computadores públicos, 15% carregam consigo suas senhas anotadas em papel e 11% respondem informações pessoais em e-mails e telefonemas que buscam dados bancários.
De acordo com Hugo Costa, diretor geral da ACI no Brasil, além de evitar as ações apresentadas na pesquisa, há diversos outros cuidados que as pessoas podem tomar para evitar golpes. “Procure usar sempre cartões com chip, pois eles são mais seguros, e nunca perca seu cartão de vista quando for a restaurantes ou postos de combustível, por exemplo. Além disso, ao usar caixas eletrônicos, fique atento: sempre cubra o teclado ao digitar senhas e não utilize o equipamento se houver cabos e fios aparentes”, explica Costa.
Atitudes arriscadas têm relação direta com fraudes e o risco tem crescido cada vez mais devido ao aumento global no uso de smartphones e tablets. Globalmente, 54% dos consumidores apresentaram ao menos um comportamento arriscado nos últimos cinco anos. Entre essas pessoas, 58% já sofreram fraude. Já entre os mais cuidadosos, apenas 36% passaram por essa situação.
Brasil é o 2º país do mundo com mais fraudes de cartões
A pesquisa aponta, ainda, que 49% dos brasileiros disseram ter sofrido algum tipo de fraude com cartões nos últimos cinco anos, o que coloca o país na segunda posição no ranking. Em 2014, quando o último estudo foi feito, o país estava na 8ª colocação.
O levantamento questionou mais de 6.000 consumidores em 20 países e revelou que as fraudes são crescentes em todo o mundo.