Além de ser uma instituição tradicional, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) percebeu com antecedência a necessidade de transformar a rede interna de conexão à internet em uma estrutura mais moderna e capaz de lidar com as inovações tecnológicas do momento. Nesse sentido, era necessário também elevar a proteção dessa rede, de modo a garantir atuação segura de alunos e professores nesse espaço.
O Administrador de Redes da Univali, Fabio Focking, conta que uma das grandes reclamações dos mais de 22 mil alunos matriculados na instituição era a falta de um sistema de conectividade eficiente para agregar os mais de 7 mil dispositivos conectados. Mesmo os 250 laboratórios de informática disponíveis tinham diversos desafios relacionados à rede cabeada.
“Assim, a partir de 2019, começamos um processo de renovação do ambiente digital da Univali, o que incluía um parque de redes totalmente modernizado, capaz de sustentar a alta carga de atividade de alunos, professores e colaboradores administrativos do campus. Mas com uma rede mais complexa, também se tornou necessário pensar nas maneiras de proteger essa rede”, afirma Focking, ao apresentar o case de sucesso no Security Leaders Porto Alegre.
Nesse sentido, a Universidade buscou formar parceria com a HPE Aruba para construir meios de monitorar a atividade de dispositivos na ponta da cadeia até a rede mundial de computadores. Durante o processo de implementação, o time interno detectou diversas conexões que, na verdade, geravam vulnerabilidades capazes de comprometer todo o sistema.
Nesse sentido, foi necessário iniciar um processo de convencimento, tanto de alunos quanto de professores, sobre os usos corretos da rede. O executivo aponta que, apesar da fricção gerada de início, o apoio da reitoria da Univali permitiu aos usuários se conscientizarem dos riscos que esses acessos clandestinos representavam, o que permitiu uma retomada ainda mais eficiente das operações normais da instituição.
“Era comum, por exemplo, o usuário levar o próprio device para se conectar à rede privada da companhia via cabo. Da mesma forma, sistemas IoT e servidores fora do nosso controle foram desligados. Mesmo assim, conforme os alunos e professores foram entendendo os riscos que esses elementos representavam, eles também abraçaram a causa”, acrescenta Focking.
Agora, as possibilidades de controle geradas pelo monitoramento de rede abriu a possibilidade de esses usuários ainda contarem com seus acessos, mas por meios controlados e garantidos pelo time de Tecnologia da Informação. “O apoio da alta gestão e do parceiro são essenciais em toda a jornada do processo, pois sem isso, qualquer implementação de SI pode se tornar ineficiente”, conclui.