Tentativas de fraudes em compras no e-commerce caem 6,5% em 2016

Estudo realizado pela Konduto aponta que, de cada 28 pedidos que chegam em lojas virtuais, 1 é feito por cibercriminosos usando cartões clonados

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O comércio eletrônico é um dos únicos setores da economia que apontou crescimento significativo mesmo diante da crise econômica que o Brasil vivenciou no ano passado. Um estudo realizado pela Konduto aponta que, em 2016, as tentativas de fraudes em compras no e-commerce apresentaram uma queda de 6,5%. O índice, que entre janeiro a junho havia sido de 3,83%, passou para 3,58% durante todo o ano passado.

 

Segundo a startup, a cada 28 pedidos que chegam nas lojas virtuais, ao menos 1 é feito por criminosos utilizando cartões de crédito clonados. O Raio-X da Fraude no E-commerce Brasileiro considerou uma amostragem de cerca de 30 milhões de transações analisadas pela Konduto entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016.

 

“Os números apresentados neste estudo representam as tentativas de fraude, e não necessariamente as fraudes em si. A maior parte delas é barrada automaticamente pelo sistema, ou então a partir de uma revisão manual das equipes de risco dos estabelecimentos”, afirma Tom Canabarro, cofundador da Konduto.

 

Além desses dados, o estudo aponta que os criminosos costumam agir entre 18h e 21h59, horário que representa aproximadamente 30% das tentativas de golpes no comércio eletrônico brasileiro. Além disso, foi constatado que a maior parte deles possui um desktop com o Windows e navegam utilizando o Google Chrome.

 

“Essas informações desmentem um estereótipo que se faz do fraudador – um hacker que realiza as compras fraudulentas durante a madrugada, utilizando supercomputadores e navegando em redes criptografadas. Para se ter uma ideia, menos de 7% das tentativas de fraude ocorrem entre 1h e 7h da manhã”, acrescenta Canabarro.

 

Outro dado interessante do estudo comprova uma tendência: o aumento da presença dos dispositivos móveis (smartphones e tablets) no momento da compra do consumidor brasileiro. Em comparação com o primeiro semestre, o mobile foi ainda mais utilizado, saltando de 31,6% para 38,43%, ou seja, um aumento de 21,6%.

 

No entanto, os dispositivos móveis também foram mais utilizados para as compras ilegais. As tentativas de fraude oriundas do mobile tiveram um crescimento de 2,5%, saltando de 19,48% no primeiro semestre de 2016 para 19,92% no final do ano.

 

A redução na tentativa de fraudes não está relacionada à diminuição do número de fraudes em si, mas ao aumento de vendas registrado durante o segundo semestre de 2016. O comércio eletrônico brasileiro esteve mais aquecido no período, especialmente em decorrência de campanhas de vendas como a Black Friday. Ainda assim, o índice de tentativas de fraude é bastante alto, pois um e-commerce considerado saudável não deve ter taxa de fraude superior a 1% sobre o faturamento.

 

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