“Segurança é imperativo no mundo das aplicações com IA”

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A frase é do Vice-Presidente Latam da companhia F5, Roberto Ricossa, proferida em seu discurso de abertura do Revolution 2023, que acontece essa semana em Playa del Carmen, no México. Após aquisição de diversas companhias e ampliação de portfólio, a companhia quer ser a parceira das empresas no aventuroso mundo das aplicações com o uso dos novos recursos de Inteligência Artificial

Após três anos de pandemia, a F5 retoma seu principal evento para a região América Latina, o Revolution 2023, que acontece essa semana em Playa del Carmen, no México. Esse ano, em uma abertura impactante, o VP Latam, Roberto Ricossa, trouxe a Inteligência Artificial como o novo paradigma da revolução digital, preconizando que empresas que não usarem IA para habilitar suas aplicações estarão fora do jogo.


No palco, Ricossa apresentou uma linha do tempo, comparando IA às grandes mudanças que revolucionaram o mundo, citando os irmãos Wright com a aviação moderna, passando por Martin Cooper que liderou o primeiro celular e chegando à Steve Jobs que trouxe para o mundo da tecnologia, a simplicidade e a hiperconectividade do universo dos aplicativos e das APIs.


No palco, surpreendido pelo seu próprio avatar na tela, Ricossa interagiu com o metaverso para mostrar de que revolução estamos tratando e de como essas mudanças já estão transformando setores como varejo e finanças. Nesse metaverso, ele recebeu, na tela, líderes de empresas como Mercado Livre, que utiliza IA na sua plataforma de comércio eletrônico e o Nubank, que aplica IA para impulsionar análise de dados e detecção de fraudes.


IA e Segurança


E por que falar de IA na abertura de um evento sobre Cyber Security? A resposta de Ricossa é que a Cyber Security, mais do que qualquer outra coisa, será imperativa nesse novo modelo de aplicações, tanto em termos de programação e desenvolvimento quanto no sentido do monitoramento. Segundo ele, mais do que estar seguro, é preciso identificar de que tipo de segurança estamos tratando.


“Asseguramos que as aplicações e as APIs, sejam quais forem e em que ambiente estejam, não só se tornem extremamente seguras, mas que essa segurança se traduza em algo simples e fácil de ser implementado”.  Nesse ponto, o VP Latam aborda dois aspectos cruciais para os líderes de SI e TI: como fazer Segurança de forma menos complexa.


Além disso, em seu discurso de abertura, o líder da América Latina reforçou o DNA da empresa, que é proteger as aplicações e as APIs. A novidade é que agora será necessário garantir isso em um mundo mais automatizado e em ambientes multicloud. Nesse sentido, a F5 ampliou sua oferta com a aquisição da Volterra, em 2021, o que permitiu criar um console de configuração e proteção de aplicações em nuvem como serviço.


Ricossa reforça ainda a aquisição da Shape, em 2020, voltada para proteção de credenciais, o que habilita a F5 garantir uma opção ainda mais focada na prevenção às fraudes, diante do avanço no roubo de credenciais e aliciamento de identidades privilegiadas. Com essas aquisições e com um portfólio mais robusto, a F5 acredita estar apta a ser o parceiro que irá garantir uma migração segura das aplicações para o universo da Inteligência Artificial.


Latam no contexto


O Revolution 2023 está reunindo esse ano cerca de 400 clientes e parceiros de toda a região América Latina. Segundo Ricossa, a F5 vem dobrando suas vendas na AL a cada ano. “Hoje, Latam é a região de maior crescimento”, enfatizou ele. A adoção de novas tecnologias e recursos também é uma característica importante do continente. Inclusive, segundo ele, muitos clientes no Brasil estão adquirindo soluções como serviço, uma grande aposta da companhia.


Esse é um dos movimentos importantes que a empresa vem fazendo. Tendo iniciado sua trajetória muito baseada na oferta de consoles e hardware, a F5 vem se tornando cada vez mais uma empresa de software. Atualmente, 35% dos negócios na região já são baseados em software e 80% dessas vendas acontecem em sua própria base instalada.


Ricossa reforça que a região América Latina não está atrás do mundo na questão da Ciber Security e na adoção de novos recursos de IA. Na sua opinião, o uso polêmico do ChatGPT nas empresas, o que ainda está sendo questionado por muitos CISOs no Brasil, é apenas a ponta desse iceberg. “As empresas que não ingressarem nesse movimento, deixarão de fazer história, para ser história”, concluiu ele.


*Graça Sermoud viajou para o México a convite da F5

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