O CISO vivencia um enorme avanço dos ciberataques e incidentes de Segurança envolvendo vazamento de dados e roubo de informações sensíveis. O cenário, que já era complexo com diferentes demandas de transformação digital e inovação, se tornou ainda mais difícil com a pandemia e corrida para a nuvem. Uma mudança acelerada que os hackers aproveitam para explorar diferentes vulnerabilidades em todos os segmentos de negócio.
Diante de tantos impactos, é natural que o mercado de Segurança se transforme. Neste universo que está cada vez mais dinâmico surgem diferentes conceitos e tendências, como é o caso do SASE (Secure Access Service Edge). Mas com aplicar esse conceito na prática? De que maneira essa tendência pode ajudar o CISO a endereçar uma proteção mais inteligente?
Essas questões são ainda mais pertinentes quando os profissionais se deparam com uma realidade bem diferente nas empresas, umas mais tecnológicas, outras vivendo em ambientes híbridos e uma grande maioria percorrendo a jornada de maturidade rumo a proteção, governança, privacidade e Segurança. Os líderes de SI que participaram do painel da TVD sobre o tema concordam com isso e estão percorrendo o caminho de uma nova Segurança, mais integrada, inovadora e com recursos que transitam bem entre os mundos nuvem e on-premisse.
“Historicamente, a Segurança olha mais para ativos, mas cada vez mais o mercado vem amadurecendo, trazendo regulações orientadas à proteção do dado. Temos que evoluir para olhar não só infraestruturas e arquiteturas, mas também o ciclo de vida do dado. A partir disso que definiremos os tipos de controle e investimentos para proteger ambientes e dados”, pontua Abílio Simeão, CISO da Elera Renováveis, durante o painel de debates.
De fato, o mundo da Segurança mudou. Não só para cuidar melhor do dado, mas também na convivência de ambientes em nuvem com o legado, o famoso híbrido que estará em atividade nos próximo cinco anos, pelo menos. Desde o lançamento do conceito SASE pelo Gartner, os profissionais discutem essa tendência, avaliando recursos e inserindo esse conceito nos projetos e investimentos de SI.
“Isso porque a transformação digital planejada para cinco anos foi antecipada para cinco meses com a pandemia. Por outro lado, muitas empresas enxergaram nesse momento uma oportunidade de migração para a nuvem. O SASE faz parte disso, integrando infraestrutura e Segurança, levando tudo isso para a nuvem”, pontua Fellipe Canale, Country Manager Brasil da Forcepoint.
Na prática, continua Canale, para uma empresa estar em uma jornada SASE de ponta a ponta, ela precisa estar 100% na nuvem. Porém, essa ainda não é uma realidade nas empresas globais, nem mesmo as startups.
“O SASE é um quebra-cabeça e as empresas não precisam ter todos os recursos conectados ao mesmo tempo, o modelo híbrido funciona muito bem nesse conceito e vivenciamos isso com muitos clientes durante a pandemia”, explica o executivo. A previsão do próprio Gartner para que o SASE esteja plenamente implementado nas empresas globais é de até 2023.
“Quando falamos de Brasil, podemos estender esse prazo para 2025/2026. É um longo caminho, uma jornada. Mas que precisa começar agora”, finaliza Canale.
O debate completo sobre SASE na prática está disponível no canal da TVD no Youtube.
A primeira rodada sobre SASE também está disponível, além do e-book que aprofunda mais o tema.