Riscos operacionais passam a ser prioridade para líderes de TI

Segundo pesquisa da KMPG, aumenta a preocupação das empresas com melhorias na segurança cibernética, gerenciamento de risco e compliance

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O gerenciamento de riscos operacionais e compliance passou a ser uma prioridade significativamente alta (até 12%) para os quase quatro mil líderes em tecnologia de todo o mundo, segundo pesquisa CIO 2018, realizada pela KPMG em conjunto com a Harvey Nash. Trata-se do maior estudo de liderança em TI que está na 20ª edição. O levantamento constatou ainda que quase 25% a mais dos entrevistados, em relação ao número do ano passado, está priorizando melhorias em segurança cibernética, uma vez que esse tipo de ameaça atingiu um nível alto histórico.

 

“Essas duas áreas representam as prioridades de TI que estão crescendo rapidamente em termos de relevância para os conselhos de administração das empresas. Além disso, proteger a empresa de um ataque cibernético ganhou uma visibilidade maior do que qualquer outro item na pauta de discussões e os líderes de TI estão sendo incentivados a defender-se da melhor forma que conseguirem”, analisa o sócio da KPMG, Claudio Soutto.

 

Cibersegurança é prioridade

 

A pesquisa apontou que, na pressa de estar em conformidade com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e evitar violações de dados, os conselhos de administração passaram a intensificar investimentos em privacidade e segurança de dados. De acordo com a pesquisa, 38% dos participantes da pesquisa previram que não seriam capazes de estar em conformidade com o GDPR dentro do prazo. Adicionalmente, 77% dos líderes de TI estão “mais preocupados” com a ameaça de crime cibernético organizado, em comparação com os 71% da pesquisa do ano anterior. Somente 22% alegam estar bem preparados para lidar com um ataque cibernético.

 

A pesquisa constatou que a confiança é o novo campo de batalha para a área de TI, pois as organizações estabelecem sutilmente um equilíbrio entre o potencial de influenciar a receita da utilização dos dados do cliente e a necessidade de privacidade e segurança. As empresas que gerenciam esse equilíbrio de forma mais eficaz são 38% mais propensas a informar uma lucratividade maior do que suas concorrentes.

 

“De um lado, o conselho de administração pede a eles que estimulem a inovação, promovam a transparência e, após as recentes violações de dados de alto nível, garantam o uso responsável dos dados dos clientes por toda a organização. Do outro lado, o conselho de administração intensifica as avaliações minuciosas e exige um processo melhor para preparação e divulgação de informações sobre segurança cibernética e integridade e resiliência de dados, visto que os órgãos reguladores e os consumidores estão tornando-se mais exigentes em relação a dados pessoais. As organizações que forem capazes de estabelecer esse equilíbrio entre inovação e governança da forma correta estarão em uma posição mais favorável para competir em um ambiente tecnológico cada vez mais complexo”, afirma.

 

Transição para plataformas e soluções digitais é um desafio

 

O levantamento apontou que a transição para plataformas e soluções digitais é um grande desafio para os CIOs: 78% afirmaram que as estratégias digitais utilizadas são apenas moderadamente eficazes ou menos do que isso; 35% das empresas não são capazes de contratar e desenvolver os profissionais com as habilidades de que precisam; e 9% acreditam que não existem visão ou estratégia digitais claras na empresa.

 

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