Rio 2016: patrocinadores atrairão ciberataques

Apoiadores dos Jogos Olímpicos devem estar entre os principais alvos dos atacantes; iniciativas irão focar em fornecedores e terceirizados já que estas organizações são menos protegidas

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Com o início das Olimpíadas, cresce a tensão em relação às ameaças cibernéticas, que devem aumentar durante o período, problema que deve afetar não apenas governos, mas também empresas e turistas que visitam o Brasil. De acordo com Leonardo Moreira, diretor de Engenharia da PROOF, as empresas patrocinadas serão alvos constantes dos ciberataques e, para chegar até essas organizações, os hackers poderão usar fornecedores e outras organizações menores.

“Ao contrário das empresas patrocinadoras, que provavelmente têm um nível maior de maturidade, as organizações menores não contam com os mesmos recursos e estarão mais vulneráveis”, explica Moreira.

De acordo com o executivo, invasões a sites e roubo de dados são apenas algumas das ameaças que devem aumentar com as Olimpíadas. “Esses eventos, por causa do dinheiro que movimentam e da atenção que atraem, são um prato cheio para hacktivistas, fraudadores e ciberterroristas e o baixo grau de maturidade em Segurança da Informação que temos no Brasil nos torna ainda mais vulneráveis”, explica.

Durante o período, executivos estrangeiros também estarão no País para fazer negócios e aproveitar para ter momentos de lazer. Essa é a chance ideal para que concorrentes e cibercriminosos tenham acesso a dados sensíveis se não houver alguns cuidados. Os hotéis, que receberão um grande número de importantes executivos, viverão sob constante ameaça de malwares que infectam a rede para roubar dados dos hóspedes.

Os hackers também estão se aproveitando dos assuntos relacionados aos Jogos Olímpicos para atrair as vítimas com sites e e-mails falsos por meio dos ataques de phishing. Assuntos como o Zika Virus, sites que mostram o progresso dos atletas na competição e propagandas falsas de serviços e produtos relacionados aos jogos vão exigir maior atenção do usuário.

Segundo o especialista, os usuários devem ficar atentos ao se conectar a redes desconhecidas. “É importante respeitar avisos sobre redes não seguras e ter cuidado aos pontos de instalação que exigem o download de aplicativos ou plugins, que podem instalar malwares”, explica.

Estima-se que os Jogos Olímpicos de Londres (2012) tenham sofrido pelo menos 97 incidentes graves de segurança, envolvendo, principalmente, ataques de negação de serviço (DDoS). O ciberterrorismo também deve causar uma tensão constante, principalmente após os atentados ocorridos em países europeus e atribuídos ao Estado Islâmico (EI). “Diante disso, será preciso reforçar a segurança para proteger sistemas de controle de infraestrutura crítica, como energia e aeroportos, para evitar danos ou interrupções sérias”.

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