O Itaú divulgou que 94% das operações bancárias diárias dos clientes PJ são realizadas por meio dos canais digitais. Os empreendedores utilizam majoritariamente essas plataformas para gestão de fluxo de caixa, pagamentos, cobranças e contratação de crédito. Para além do uso constante, pequenos e médios empreendedores são cada vez mais alvo de fraudes bancárias, afirmou a análise.
Segurança digital
Segundo a organização a prevenção, detecção e remediação são os três principais pilares que reforçam a segurança digital do banco e o último não só ajuda os clientes na recuperação de valores fraudados, como coopera com ações de investigação e repressão. Por meio dessas iniciativas, o Itaú explicou que conseguiu reduzir em 50% as tentativas de fraudes nos últimos dois anos, além da diminuir em 98% os incidentes de alto impacto desde 2018.
Muitos dos golpes bancários aplicados nas empresas são semelhantes aos investidos contra as pessoas físicas como a falsa central, o golpe do WhatsApp e o ataque por phishing e, portanto, são mais abordados nas campanhas de alerta e nas redes sociais. Outros são direcionados aos negócios, como a falsa venda ou o golpe do boleto/QR code fraudulento.
A análise também aborda a deepfake do CEO, vem prejudicado empreendimentos pela abordagem direcionada aos funcionários, pois o fraudador se passa pelo líder ou por um alto executivo, se valendo de sua autoridade e prestígio, para convencer o profissional a compartilhar dados sigilosos ou realizar uma transação indevida. Sem contar o avanço de crimes aplicados através dos roubos de celulares, o que implica na captura de dados da empresa, e de seus clientes, e na invasão de contas PJ.
Nos últimos cinco anos, o Itaú Unibanco dobrou o investimento em tecnologia de segurança e, somente no ano passado, destinou mais de R$ 11 milhões para essa área. Parte desse aporte resultou, em agosto, no lançamento de um hub de segurança integrado, que garantiu a redução de fraudes e a proteção dos dados dos clientes. O hub entrega uma gestão autônoma das finanças ao empreendedor, com segurança. É um ambiente que centraliza 7 funcionalidades de segurança: dados de localização para identificar casos de possíveis fraudes com mais precisão, iToken e dispositivo autorizado e reconhecimento facial.
Além do hub de segurança, está previsto para o mês de maio o início das operações, em modo piloto, de dois novos espaços dentro do Superapp do Itaú Empresas, voltados para maior transparência e controle dos empreendedores. A instituição monitora as transações em tempo real e utiliza Inteligência Artificial para identificar padrões anômalos e aumentar a proteção evitando ataques avançados.
Dos 1300 modelos de IA utilizados atualmente, 50 deles são focados em segurança, além de tecnologias complementares como Machine Learning, que auxiliam uma equipe de mais de mil profissionais exclusivos à operação. Somada a essa infraestrutura, o Itaú também aplicou camadas de autenticação e tokenização de dados e usa alertas e campanhas preventivas para orientar seus clientes empreendedores.
Prevenção para as empresas
De acordo com a instituição para proteger o patrimônio, a reputação da marca e reduzir prejuízos financeiros, os empreendedores devem adotar boas práticas de segurança e redobrar, por exemplo, o cuidado em relação às senhas e autenticação e à proteção do celular. Mas há outras formas, como treinar a equipe para identificar as tentativas de phishing, explicar sobre engenharia social e outros tipos de golpes e investir em ferramentas de segurança, como firewalls, criptografia e softwares de monitoramento, para proteger dados e sistemas.
Estabelecer regras claras para o uso de dispositivos, senhas e acesso a informações sensíveis também é recomendável para as empresas. As auditorias regulares, internas e externas, podem identificar vulnerabilidades e corrigir falhas para o empreendedor. Desenvolver um plano de resposta a incidentes e implementar controles para minimizar os impactos de possíveis ataques são importantes medidas de segurança, principalmente nas PMEs.