Ransomware: “Empresas deixam modo tradicional e inovam com machine learning”

Na visão de Ricardo Leocádio, coordenador de Tecnologias de Segurança do Banco Mercantil, malware veio para ficar, exigindo nova postura de remediação; executivo participará da 3a edição do Security Leaders Belo Horizonte

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“Com o desenrolar dos últimos acontecimentos, a população em geral tomou conhecimento do perigo do Ransomware e este tomou um grau significativo de importância nas instituições”. A afirmação de Ricardo Leocádio, coordenador de Tecnologias de Segurança do Banco Mercantil, aborda como o tema hoje está em pauta dentro das instituições. No entanto, ele alerta. “O mundo seria uma maravilha se fosse resumido a problemas pontuais”.

 

“No meu ponto de vista, o enfrentamento dessa praga requer novas posturas para remediação, tais como backup e estar up-to-date com as correções disponibilizadas por fornecedores”, sugere. Na parte tecnológica, o executivo vê um sinal no fim do túnel, pois começa-se a ver empresas que saíram do modo tradicional de combate e inovaram, principalmente no uso de machine learning.

 

“A cada versão, o ransomware mostra que veio para ficar. Ele se traduz em uma nova modalidade dos crimes de sequestro e extorsão, com baixo grau de rastreabilidade do infrator”, explica. Segundo Leocádio, as estratégias antes hipotéticas de ser atacado por vulnerabilidades se tornaram presentes.

 

O executivo, que participará de painel de debates e apresentará os atuais desafios de segurança do segmento financeiro no Security Leaders Belo Horizonte, dia 31 de maio, afirma que o papel do gestor de SI em assegurar a continuidade dos processos tem sido um papel fundamental, não só para suportar o negócio, mas também por estar cada vez mais ligado diretamente à rentabilidade da empresa.

 

Ricardo Leocádio

 

 

Aspectos de segurança na Nuvem

 

Além desse tema, que dominou as rodas de conversas entre CSOs nos últimos dias, outro assunto que será bastante debatido no evento é a nuvem e seus aspectos de segurança. Segundo Leocádio, a cloud é um facilitar para o negócio e um terror quando se tem marcos regulatórios baseados em modelos on premises.

 

“O ato inovador e sem fronteiras do modelo de nuvem assustam quando se tem barreiras legais de segurança a serem realizadas, algo que dificilmente a área de negócios observa. Aliás, só enxergam as vantagens”, disse.

 

Na visão do executivo, assim como um dia a porta USB, uso da Internet e do aparelho pessoal como objetos de trabalho foram adaptados ao ambiente de trabalho, a nuvem é mais uma tecnologia nos quais todo o mercado precisa entender sua forma de funcionamento e procurar sua adaptação.

 

Além de Ricardo Leocádio, outros executivos representantes das mais importantes instituições regionais já garantiram presença no evento, como Ministério Público Federal, como Banco BMG, Localiza, Unimed, Grupo VDL, ValeCard, Teksid, SEMAD, entre outras. Players do mercado de Segurança Cibernética também estarão presentes apresentando tendências e expondo soluções contra o cibercrime.

 

O Security Leaders Belo Horizonte acontece no dia 31 de maio, no Mercure Lourdes Hotel, a partir das 9h. As inscrições são gratuitas para usuários de tecnologia e podem ser feitas aqui.

 

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