Segundo o relatório “Global DDoS Landscape Report”, realizado pela NSFOCUS, os ataques de negação de serviço (DDoS) aumentaram 205% nos primeiros seis meses de 2022, em comparação com o primeiro semestre do ano anterior, maior alta desde 2018. Além disso, foi observado que 51% dos bots foram encontrados em softwares e aplicativos usados pelo trabalho remoto, como VPNs, por exemplo. Já os 46% restantes estavam em dispositivos com Internet das Coisas infectados, como roteadores domésticos e câmeras de segurança.
A extorsão cibernética, a concorrência maliciosa e a trapaça em jogos online ainda são as principais motivações por trás dos ataques DDoS, que foram distribuídas quase uniformemente durante o semestre analisado. Janeiro e abril ficaram na frente, com um aumento de 20% em comparação com fevereiro, que obteve o menor número.
A indústria de jogos se mantém como o principal alvo dos ataques, responsável por 40% do total. Logo atrás seguem TI e telecomunicações (15%), transmissões ao vivo (13%) e computação em nuvem (11%). De acordo com Thiago Sapia, diretor de novos negócios da empresa, “a transformação digital, a rápida evolução das tecnologias, os impactos da pandemia, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e a turbulência política mundial intensificaram os desafios de segurança, razão pela qual as empresas enfrentam a situação mais difícil já vista até os dias de hoje”.
O relatório constata também que ataques com o volume de Terabytes não são mais tão raros. Desde abril deste ano, eles foram detectados por três meses consecutivos. “Com recursos adequados, lançar DDoS de Tb não é mais uma tarefa difícil para os invasores”, ressalta Sapia. Para se ter uma ideia, mais de 40 ataques dessa natureza, maiores que 100 Gpbs, aconteceram por dia durante o período estudado.