Um projeto de colaboração entre a FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, de combate à criminalidade, inicia sua fase piloto nesta sexta-feira (1º) em Lauro de Freitas (BA). Para facilitar as operações de segurança pública, as autoridades policiais do município terão acesso direto às imagens externas das câmaras de segurança instaladas nas agências bancárias. Lauro de Freitas tem 22 agências bancárias, a maior parte das quais já terá câmeras conectadas à polícia da cidade. Outras estão em fase final de conexão e serão incluídas no sistema gradualmente.
A escolha de Lauro de Freitas se deu porque a cidade já tem desenvolvida a infraestrutura necessária para receber as imagens, com um link de comunicação adequado e uma central de monitoramento capacitada. Segundo o diretor de operações da FEBRABAN, Leandro Vilain, essa interconexão das imagens de segurança permitirá à guarda municipal operar com maior eficiência, ao expandir a cobertura da vigilância sem necessariamente aumentar o efetivo de segurança.
De acordo com o executivo, as câmeras externas, localizadas, geralmente, acima das portas das agências, deverão ajudar na identificação e investigação de delitos, não só contra os estabelecimentos bancários, mas também na região vizinha, ao alcance desses dispositivos de segurança das instituições financeiras.
“Os bancos são tão vítimas da violência urbana como outros setores da economia e toda sociedade precisa colaborar no combate à criminalidade”, firma Vilain. “Esse projeto é um dos exemplos do setor bancário fazendo sua parte.”
Ao longo da fase piloto, que deve durar cerca de um ano, serão feitos estudos dos índices de criminalidade na região e os efeitos sonhai das câmeras. O projeto terá sua expansão para outros municípios conforme os resultados mensurados e de acordo com a estrutura para recebimento das imagens.
Em 2015, os bancos investiram R$ 9 bilhões em segurança, o que coloca o setor no terceiro lugar entre os que mais investem em segurança privada no País. O montante representa o triplo do que era gasto em 2000, quando foram dispendidos cerca de R$ 3 bilhões. “Esses números mostram que os bancos têm uma preocupação genuína com a questão de segurança e em colaborar da melhor forma possível com as medidas de prevenção e investigação sob responsabilidade das autoridades públicas. A iniciativa da Secretaria de Segurança Pública da Bahia, ao buscar integração com os sistemas dos bancos demonstra um caminho acertado no uso da tecnologia”, enfatizou Vilain.